CONTATOLOGIA
Contatologia
CURSO DE CONTATOLOGIA APLICADA
Formatação: Escola Técnica OWP
Docente: Prof. Seir Marcus L. Borges
INDICE
INTRODUÇÃO................................................................................................................3
Cap. 1 INTERPRETAÇÃO PARA ADAPTAÇÃO DE LENTES DE CONTATO GELATINOSAS...............................................................................................................4
II - LENTES GELATINOSAS // REQUERIMENTOS DE ADAPTAÇAO....................... 6
III – CENTRALIZAÇÃO...................................................................................................7
IV - ALTERANDO A ADAPTAÇAO DA LENTE.............................................................9
IV. A - DIÂMETRO TOTAL...........................................................................................12
IV. B - RAIO DA ZONA ÓPTICA POSTERIOR (RZOP)...............................................15
IV. C - PVP DA LENTE DE PROVA ............................................................................18
IV. D - ESPESSURA CENTRAL...................................................................................19
IV E. EFEITOS DA DZOA NA ADAPTAÇÃO DA LENTE............................................22
IV. F - CONTEÚDO DE ÁGUA DO MATERIAL............................................................22
V - PRESCRIÇÃO EMPÍRICA......................................................................................25
VI - ADAPTAÇÃO DE LENTE DE PROVA..................................................................26
VII- COBERTURA CORNEAL......................................................................................29
VIII - O EFEITO DO PISCAR........................................................................................30
IX- MOVIMENTO DA LENTE........................................................................................31
X- LENTES TINGIDAS..................................................................................................34
XI - DECISÕES FINAIS.................................................................................................37
INTRODUÇÃO.
Desde os rudimentares fotorreceptores de certos organismos unicelulares ao complexo olho humano, a evolução percorreu um grande caminho para dotar os seres vivos de instrumentos eficazes para a percepção dos objetos e a experiência do espaço em grande parte aos órgãos da visão.
A visão é um processo fisiológico por meio do qual se distinguem as formas e as cores do objeto. Em linhas gerais o olho funciona como uma câmera fotográfica, que projeta uma imagem invertida do mundo exterior em sua porção interna posterior, onde existe um revestimento fotossensível a retina, que envia informações codificadas ao sistema nervoso central dando ao indivíduo a sensação da visão. Toda esta complexidade faz com que os homens busquem também uma visão perfeita, quando naturalmente, isto não é possível, seja através dos óculos ou das lentes de contato. Isto faz com que a cada dia, novas técnicas de uso e a melhor adaptação sejam estudadas. A óptica estuda esta forma, proporcionando ao homem uma melhor qualidade de vida.
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INTERPRETAÇÃO PARA ADAPTAÇÃO DE LENTES DE CONTATO GELATINOSAS
ADAPTACÃO DE LENTES DE CONTATO GELATINOSAS ESFÉRICAS
LENTES GELATINOSAS
Nomes alternativos (passado e presente):
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Hidrofílicas
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Hidrogel
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Gel
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Flexível
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Limbal e semi escleral, limbal e paralimbal.
Lentes gelatinosas.
Descrições gerais:
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Categoria de DT (diâmetro total):
ǾT= 13-15 mm
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DT mais comuns:
ǾT= 13,5 -14,5 mm
Lentes gelatinosas diâmetro total da lente:
Os diâmetros totais, fora da categoria comum, são usados em indivíduos com pouca abertura nas pálpebras no diâmetro horizontal e vertical da íris(DHI DVI), o que é pouco comum.
FILOSOFIA DE ADAPTAÇÃO DE LENTES GELATINOSAS
FILOSOFIA GERAL DE ADAPTAÇÃO DE LENTES DE CONTATO GELATINOSAS
Para permitir que a lente LCH(lentes de contato hidrofílicas) contorne a córnea/esclera, ela deverá ser sempre maior do que a córnea com um RZOP mais plano. O movimento da lente, que é gerado pela ação das pálpebras durante o piscar, deverá ser aquele que não cruze o limbo na borda da lente.
QUANDO ADAPTAREMOS LENTES DE CONTATO GELATINOSAS ESFERICAS?
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A lente de primeira eleição.
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Erros refrativos esféricos (≤ 0,75 dpt cil).
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Quando o conforto é o tema principal.
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Erros refrativos extremos incluindo afácia.
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Rx baixas (conforto com RGP não está compensado com o pequeno incremento em visão).
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Astigmatismo corneal significativo, porém com um RX manifesta esférica.
QUANDO SÃO APLICADAS AS LENTES GELATINOSAS ESFÉRICAS?
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As Lentes gelatinosas esféricas são a primeira opção, porque são fáceis de se adaptar, são confortáveis, requerem pouco tempo de adaptação e são econômicas.
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Erros refrativos relativamente esféricos. (astigmatismo ≤ 0,75 dpt cil). As opiniões variam acerca de qual é o máximo erro astigmático não corrigido. Enquanto que 0,50 dpt é provavelmente a mais prudente eleição, a percepção de que as lentes de contato tóricas com cilindros baixos apreciam um baixo grau de sucesso, significa que os adaptadores tendem a errar no grande lado das 0,50 dpt. Poucos aceitam que 1,00 dpt de cilindro pode ser ignorado. A influência do eixo do cilindro no resultado visual é também importante. Geralmente, os astigmatismos não corrigidos com uma orientação horizontal, ou vertical ou proximal permitem um melhor resultado visual.
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Quando a comodidade é o primeiro objetivo.
Ainda que, a comodidade seja sempre um objetivo, alguns usuários encontram uma barreira insuperável, inicialmente, com as lentes RGP para o sucesso de seu uso. Se persistir o uso da LC, mais adiante, as LC gelatinosas são a única alternativa viável.
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Erros refrativos extremos incluídos a afácia. As LC rígidas em Rx extremas são difíceis de se adaptar, oferecem pobres condições fisiológicas à córnea que cobrem, e são difíceis de se manterem centradas.
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Rx baixas onde a comodidade dos RGP, não está compensada com a pequena melhoria em visão.
A presença de astigmatismos corneais significativos, mas que na Rx manifesta são esféricos. Em tais córneas, o uso de um RGP com um RZOP esférico induzirá astigmatismo residual.
Neste caso a correção com um RGP se converte mais complicada do que com uma simples lente gelatinosa esférica.
II - LENTES GELATINOSAS // REQUERIMENTOS DE ADAPTAÇAO
As Lentes gelatinosas devem:
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Centrar no olho.
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Contormar o segmento anterior do olho.
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Mover-se adequadamente.
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Cobrir a córnea em todas as posições do olho.
LENTES GELATINOSAS // REQUERIMENTOS DE RENDIMENTO
As Lentes gelatinosas devem:
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Produzir boa e estável visão.
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Prover mínimos distúrbios fisiológicos.
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Ser levadas por períodos práticos.
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Ser confortável.
III – CENTRALIZAÇÃO:
*UMA LENTE GELATINOSA BEM CENTRADA.
Descreve-se uma LC gelatinosa bem centrada, a parte da lente que passa sobre o limbo é normal para este tipo de lente, e ainda com o movimento desejado da lente no olho (uma boa adaptação), a cobertura corneal é mantida em todas as posições do mesmo.
DESCRIÇÃO DO CENTRADO DE LENTES.
Vários métodos para descrever a posição de uma lente foram desenvolvidos através do tempo, mas os dois com maior aceitação estão baseados nas coordenadas cartesianas, como as usadas na matemática aplicada ou uma variação binasal desta. Ambas estão presentes aqui, porque seu uso depende dos costumes locais. A dificuldade de ambos os sistemas está na inconsistência das coordenadas horizontais, i.e. +x, para o olho direito é uma descentralização nasal, enquanto +x, para o olho esquerdo é uma descentralização temporal, as coordenadas verticais não apresentam dificuldades.
EXEMPLOS DE CENTRADO: SISTEMA CARTESIANO.
A localização do centro geométrico das lentes de contato, dentro de um sistema de coordenadas cartesianas é a base da descrição de sua centralização. A vantagem primária, deste sistema, é seu proliferado uso em matemáticas e óptica. Estes paradigmas mostram exemplos simples e compostos de lentes gelatinosas descentradas. O mesmo sistema pode também ser aplicado em LC rígidas.
DESCRIÇÃO DE CENTRALIZAÇÃO DE LENTES: SISTEMA BINASAL.
Neste sistema a centralização nasal é descrita como positiva (+ve) sem considerar a qual dos olhos se está referindo. As coordenadas "y" estão marcadas iguais como no sistema Cartesiano, i.e. "acima +ve" e "embaixo -ve".
EXEMPLOS DE CENTRALIZAÇÃO: SISTEMA BINASAL.
A localização do centro geométrico de uma lente de contato dentro do sistema de coordenadas binasal é a base para a descrição de sua centralização. Neste sistema a descentralização nasal é sempre positiva (+ve). Um fator a favor do sistema binasal é a simplicidade do registro de dados e.g. + é sempre uma descentralização nasal, não é necessário fazer referência a qual olho está envolvido. Este diagrama mostra exemplos simples e compostos de LC gelatinosa descentrada. O mesmo sistema pode também ser aplicado ao LC rígidas.
DESCRIÇAO DE CENTRALIZAÇAO DE LENTES: LITERAL
As descrições precedentes de centralização são essencialmente numéricas. O terceiro é provavelmente o mais comum e ambíguo método de descrever a descentralização temporal OD, descentrada temporalmente 0,5 mm ou descentralização temporal de 0,5 mm OD.
LC gelatinosa descentrada.
Uma lente, que esta demasiadamente frouxa, geralmente se moverá excessivamente e não se centrará bem. Este é um exemplo de uma adaptação muito frouxa que não somente se descentra significativamente no olhar para baixo, senão que, além disso, não cubra completamente a córnea. É provável que a posição do olhar para cima, a lente se deslize quase completamente fora da córnea. Esta lente é certamente incômoda e a visão estará afetada porque parte da periferia da lente cobrirá a zona da pupila (pupila de entrada).
IV - ALTERANDO A ADAPTAÇAO DA LENTE
DESCRIÇÕES DE ADAPTAÇAO
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Boa, ótima, ideal.
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Fechada, ajustada, limite.
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Plana, frouxa, móvel.
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Centrada, descentrada.
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Move pouco (cavalga baixo), move alto (cavalga alto).
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Superior, inferior, nasal, temporal e combinações das indicadas.
Assim como os sinônimos que aparecem na diapositiva, variações e palavras similares podem ser usadas quando se preferir e.g. fechar, ajustar, aplanar, afrouxar, etc.
Vários destes termos tendem a ser usados alternadamente. A descrição fechada/plana se deve mais a seu uso na adaptação de lentes de contato rígidas. Uma complicação é o caso do RZOP das lentes gelatinosas que usualmente é adaptada mais plana do que a córnea que conseguir uma adaptação normal.
O QUE EXIGE A ADAPTAÇÃO DE UMA LENTE?
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A relação entre as alturas sagitais da lente e o segmento anterior (lente >olho).
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A topografia do segmento anterior (córnea).
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O piscar que induz pressão negativa debaixo da lente.
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As propriedades físicas da lente.
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Propriedades físicas do material.
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Rx.
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Espessura.
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Desenho da lente.
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Características das pálpebras, interação pálpebra/lente.
COMO É ALTERADA A ADAPTAÇAO DA LENTE?
Pela alteração de um ou mais fatores que governam a adaptação, porém os mais constantes são:
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Topografia do segmento anterior.
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Rx.
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Características das pálpebras.
EFEITOS DA ALTURA SAGITAL.
ALTURA SAGITAL // DIÂMETRO TOTAL:
Para alterar a relação de adaptação de uma lente entre a altura sagital da lente e o segmento anterior do olho, está deve ser mudada.
Em muitos casos, uma adaptação de sucesso requer que a altura sagital interna da lente seja maior que a do segmento anterior do olho (Snyder, 1984). Portanto, para ajustar a adaptação à altura da lente deve ser a maior que a do segmento anterior do olho. Contrariamente, para afrouxar a adaptação a altura deve ser menor que a normal, ainda quando a altura sagital seja maior que a do segmento anterior do olho.
A altura sagital do segmento anterior do olho é administrada pela:
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Curvatura central da córnea.
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Grau de asfericidade corneal.
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Diâmetro corneal.
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Curvatura da esclera/conjuntiva paralimbal (Young, 1993).
A asfericidade corneal influi na altura sagital do segmento anterior do olho, mais que a variação da curvatura corneal, porém é o diâmetro corneal o que tem a maior influência (Young, 1993).
A importância da asfericidade e diâmetro corneal na altura sagital do segmento anterior do olho, é, portanto a adaptação da lente.
A ceratometria por si mesma é um pobre indicador das LC gelatinosas requeridas para uma boa adaptação. Ainda mesmo com a ausência de outra informação é um guia útil para a seleção inicial da lente de prova. A seleção final está baseada então, nos resultados da adaptação das provas.
A altura sagital de uma lente pode ser alterada mudando o RZOP, o diâmetro total ou ambos.
EFEITOS DO DESENHO DAS LENTES.
Assumindo que todos os outros fatores são idênticos, lentes que têm a mesma altura sagital e diâmetro total, não necessariamente exibirão um comportamento similar se os desenhos da superfície posterior são diferentes. Este fator faz com que seje difícil basear as expectativas do comportamento de uma lente, nas características da adaptação frente a uma lente de outra marca ou série. Diferentes materiais, Rx, espessuras, etc... Compõem o potencial de diferente desenvolvimento entre lentes.
O desenho da face posterior em partículas é determinante no comportamento da lente no olho. Os fatores a serem considerados incluem como base, a forma (esférico ou asférico), o número de curvas periféricas (se é o caso) e o raio e amplitude das mesmas.
ADAPTAÇÃO DE LC GELATINOSA: SELEÇÃO DE PARÂMETROS
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Diâmetro total, ǾT.
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RZOP RO.
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Espessura central, tc.
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Diâmetro da zona óptica.
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Conteúdo de água.
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Seleção do material.
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Método de fabricação.
IV. A - DIÂMETRO TOTAL
ADAPTAÇÃO DE LC GELATINOSAS: SELEÇÃO DO DIÂMETRO TOTAL
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Medir o DHIV.
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Adicione 2 mm ao DHIV e selecione o set de lentes de prova com o diâmetro mais próximo.
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Siga as recomendações do fabricante e selecione o diâmetro sugerido.
ADAPTACÃO DE LC GELATINOSAS: SELEÇÃO DO DIÂMETRO TOTAL (DT).
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Diâmetros grandes são freqüentemente requeridos com Rx altas
para melhorar a adaptação da lente e a centralização.
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Adicione 0,5 mm ao diâmetro da lente de prova para as lentes de alto conteúdo de água (>60%).
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Deve-se ter em conta que a lente encolhe no olho devido à perda de água.
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O perfil da lente mais grossa (baixo índice) resulta na maior interação lente/pálpebra.
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Ajuda a estabilidade da adaptação e a centralização.
MEDIÇÃO DA DHIV.
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Régua de DP.
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Ceratômetro Wessely.
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Retículo na ocular da lâmpada de fenda.
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Imagem fotográfica ou de vídeo.
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Escala comparadora (de semicírculos a escala).
MEDIDA DEL DHIV.
Uma régua standard para medir a distância interpupilar é um útil recurso para medir o DHIV. Deve-se ter cuidado de não introduzir erro de paralelismo na medição.
CERATÔMETRO WESSELY.
Este é um recurso simples que consiste em um alente entre +5 e + 10 montado em um tubo. Este está baseado no princípio telecêntrico. A parada telecêntrica está no extremo do tubo até o profissional, no segundo foco principal da lente (f'). No extremo do tubo até o paciente encontra-se uma escala graduada, no primeiro foco principal da lente (f). O DHIV é lido diretamente da escala.
Retículo na ocular da lâmpada de fenda.
O retículo graduado é um acessório disponível para muitas lâmpadas de fenda. Os retículos das oculares estão usualmente calibrados para uma única magnificação (usualmente 10x). Outras magnificações podem ser usadas, mas a medida nessas condições deve ser então calculada. Freqüentemente, a escala inclui uma noção transportadora. Um desenho usa uma bifurcação metálica de movimento livre baixo a influência da gravidade, para indicar o ângulo através do qual foi girada a escala para alinhar com uma característica, observada e.g. as marcas de referência das lentes de contato rígidas.
Escala comparadora (de semicírculos).
Este tipo de escala comparadora foi incorporado nos desenhos de algumas regras para DP. Usualmente, a categoria de diâmetros característicos cobre as pupilas pequenas a LC gelatinosas grandes em passos de 0,5 mm.
Imagem fotográfica ou de vídeo.
Imagens em negativos fotográficos, impressão ou diapositivas (para slide) podem ser medidas, se o sistema da câmara está pré-calibrado ou a calibração de dados está incluída na imagem. De igual maneira, as imagens de vídeo monitor podem brindar dados quantitativos. Mesmo assim, se a imagem é produzida por uma câmara diferente ou uma tela diferente, a calibração deve levar em conta a probabilidade de variações regionais em magnificação. Na combinação de câmara e tela digital é improvável que se apresentem estes problemas. Estes sistemas são primariamente usados para investigação.
ALTERANDO A ADAPTAÇÃO DE LENTES DE CONTATO GELATINOSAS:
MUDANDO O DIÂMETRO TOTAL
Um incremento no diâmetro da lente ajustará a adaptação, se todos os outros fatores permanecerem inalterados. Isto é, porque a altura sagital se incrementa. Uma diminuição no diâmetro afrouxará a adaptação.
Para reter a mesma adaptação, se o diâmetro é incrementado, o RZOP deve também ser incrementado para compensar o efeito que a mudança de diâmetro tem na relação da altura sagital com o diâmetro total da lente. Manter a adaptação da lente, requer uma relação aproximadamente constante de altura sagital com diâmetro total. (Gasson, Morris, 1992).
REGRA PRÁTICA (LC gelatinosa):
Incremento do diâmetro em 0,5 mm= incremento de RZOP de 0,3mm.
Se o diâmetro da lente é incrementado em 0,5 mm, então o RZOP deverá incrementar-se em 0,3 mm para reter as mesmas características de adaptação.
Exemplo:
RZOP = 8,6 mm, DT= 13,5 mm.
DT desejado= 14,0 mm
Lente final:
RZOP= 8, 9, DT= 14,0 mm
Mudando o DT de 13,5 mm a 14,0 mm a adaptação da lente se ajustará por incremento da altura sagital. Isto necessita um aplanamento de RZOP de 8,6 mm a 8,9 mm, para manter (aproximadamente) a relação original altura sagital com diâmetro total e, portanto a adaptação da lente.
As lentes de série, que se fornecem em passos de RZOP de 0,2 mm, podem requerer uma regra prática diferente, já que os passos nos RZOP usualmente, indicam uma mudança clínica significativa.
Estas regras práticas não se aplicam às lentes asféricas, com essas lentes, as alterações de DT são pouco significativas. Para ajustar ou afrouxar uma adaptação, se requer uma apropriada alteração de curvatura da superfície posterior.
IV. B - RAIO DA ZONA ÓPTICA POSTERIOR (RZOP)
ADAPTAÇAO DE LC GELATINOSAS: SELEÇÃO DO RZOP
Medir K (mm) logo adicione a qualquer:
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0,3 - 0,9 mm ao K mais plano.
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1 mm ao K promédio.
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4 dpt mais plano que o K promédio.
Selecione o RZOP mais próximo ao Ǿt da lente de prova.
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Meça K
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Selecione a lente de prova da guia de adaptação do fabricante, para o Ǿt da lente.
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Adicione 0,7 mm ou mais ao K mais plano, para os materiais menos flexíveis (mais grossos e baixo conteúdo de água).
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Adicione 0,3 - 0,6 mm para materiais standard e flexíveis (mais finas, alto conteúdo de água).
O CERATÔMETRO
Muitos profissionais usam as leituras K como um guia para a seleção do RZOP, uma limitação é o fato de que o instrumento mede aproximadamente somente 3mm da córnea, simetricamente ao redor do eixo visual e não é oferecida informação significativa da topografia corneal periférica. Além de medir a curvatura corneal, os ceratômetros podem também ser usados para avaliar qualitativamente o filme lacrimal e/ou as propriedades da pré-lente lacrimal.
CÁLCULOS DA RZOP
K mais plana= 7,80 mm
K mais curva= 7,70mm
Lente de contato
Uma lente de contato (português brasileiro) ou contacto (português europeu) é umalente oftálmica corretiva, cosmética, corretivo-cosmética ou terapêutica utilizada sobre a córnea do olho. As lentes de contato modernas foram inventadas pelo químico tcheco Otto Wichterle, que também inventou o primeiro gel usado para a produção das lentes.
As lentes de contato geralmente servem para a mesma proposta corretiva que osóculos convencionais, porém elas são mais leves e virtualmente invisíveis. Fora que as lentes de contato corrigem a miopia com 5% a mais de eficácia comparada aos óculos convencionais.Muitas lentes comerciais são tingidas com um azul fraco para torná-las mais visíveis quando estiverem imersas em soluções de conservação ou limpeza. As lentes cosméticas e as corretivo-cosméticas são coloridas propositalmente de modo que alteram a aparência do olho.
Estima-se que cerca de 125 milhões de pessoas no mundo usem lentes de contato (2% da população mundial),1 incluindo 28 a 38 milhões nos Estados Unidos1 2 e 13 milhões no Japão.3 Os tipos de lentes usadas e prescritas variam consideravelmente entre os países, com as lentes de contato rígidas representando cerca de 20% das lentes prescritas noJapão, Holanda e Alemanha, porém representando menos de 5% das prescritas na Escandinávia.1
As pessoas escolhem usar lentes de contato por diversas razões.4 Muitos consideram que sua aparência fica mais atraente com o uso de lentes de contato, em comparação com os óculos. As lentes de contato são menos afetadas pelo clima úmido, não embaçam e proporcionam um campo de visão mais amplo. Elas são mais adequadas para diversas atividades esportivas.5 Adicionalmente, condições oftalmológicas como a ceratocone e aniseiconia podem não ser precisamente corrigidas com o uso de óculos.
Índice
[esconder]
História
A ideia de aplicar lentes corretivas diretamente na superfície do olho foi proposta pela primeira vez em 1508 por Leonardo da Vinci, e ideias similares surgiram deRené Descartes em 1636, mas foi somente em 1887 que o fisiologista alemão Adolf Eugen Fick construiu as primeiras lentes de contato.
Tipos
As lentes de contato são classificadas em diferentes maneiras.
Por função
Lentes de contato corretivas
Servem para corrigir erros de refração, como por exemplo, miopia.
Lentes de contato cosméticas
Servem para colorir a superfície dos olhos, também podem dar formas diversas à pupila.
Lentes de contato corretivo-cosméticas
Têm ao mesmo tempo as funções corretiva e cosmética.
Lentes de contato terapêuticas
Servem para tratar distúrbios não-refrativos do olho. Costuma ser usado após cirurgias corretivas, como LASIK, PRK ePTK.
Por material
Existem diversos tipos de lentes de contato, entre elas estão as rígidas e as gelatinosas. As lentes rígidas podem ser acrílicas (não permeáveis ao oxigênio), as gás permeáveis e híbridas. As lentes gás permeáveis são feitas de combinações de polímeros de polimetilmetacrilato com polímeros de silicone e fluor. As lentes híbridas podem ser de dois tipos, de centro rígido e uma zona periférica gelatinosa e também toda a lente rígida mas envolta em uma película gelatinosa em volta de toda a lente. As lentes de contato gelatinosas são recomendadas para quem está se adaptando, pois são mais confortáveis e baratas.
Lentes rígidas esclerais e semi-esclerais são lentes de tamanhos maiores que as lentes corneanas. As lentes de contato rígidas gás permeáveis semi-esclerais e esclerais são utilizadas para fins de correção óptica ou terapêutica e possuem diâmetros maiores e são adaptadas na esclera (porção branca do olho), são geralmente muito confortáveis embora de maior complexidade geométrica. No Brasil somente existe um tipo sendo fabricada atualmente que é a Semi-Scleral Bastos (SSB). Estas lentes tem indicação terapêutica em casos de síndrome de olho seco severo, Síndrome de Stevens-Johnson,Síndrome de Sjögren, entre outras neuropatias da córnea. Outra indicação destas lentes são córneas com grande astigmatismo irregular que requerem correção óptica quando as demais lentes rígidas, gelatinosas ou híbridas não possibilitam uma boa adaptação.
Por tempo de uso
Uma lente de contato de uso diário, cerca de 10 horas por dia,é projetada para ser removida antes do usuário dormir. Uma lente de contato de uso estendido é projetada para o uso continuo durante a noite, tipicamente durante 6 ou mais noites consecutivas. Novos materiais, como o hidrogel de silicone, permitem até mesmo períodos de uso maiores, até 30 noites consecutivas, sendo estas lentes conhecidas como de uso contínuo. Geralmente, as lentes de uso estendido são descartadas após o tempo de duração especificado. Estas lentes estão ficando cada vez mais populares, devido à sua conveniência. As lentes de contato de uso estendido e uso contínuo podem ser usadas por períodos tão longos pois elas possuem uma alta permeabilidade ao oxigênio (tipicamente 5-6 vezes maiores que as lentes soft tradicionais), o que as permitem ficar no olho sem causar problemas de saúde.
Os usuários de lentes de contato de uso estendido podem ter um risco aumentado de infecções e úlcera de córnea, principalmente devido ao cuidado precário, má limpeza, instabilidade do filme lacrimal e estagnação de bactérias. Aneovascularização da córnea tem historicamente sido uma complicação comum das lentes de uso estendido, embora isso não aparente ser um problema com as lentes de silicone hidrogel de uso estendido. A complicação mais comum das lentes de uso estendido é a conjutivite, geralmente alérgica ou conjuntivite papilar gigante, às vezes associada com a má acomodação das lentes de contato.
É sempre recomendado conversar com seu oftalmologista, para que ele determine se pode ou não usar as lentes de contato por longos períodos. Mesmo que possa usar, você é obrigado a lavar as lentes de contato periodicamente, ou causará sérios problemas aos olhos.
Por desenho
As lentes rígidas podem ter desenhos esféricos,asféricos e tóricos ( Astigmatismo ), sendo que as lentes rígidas asféricas proporcionam um melhor alinhamento da lente junto a córnea, proporcionando maior conforto, estabilidade e saúde ocular. As lentes rígidas são também utilizadas para patologias como ceratocone e para adaptações de lentes de contato pós transplante de córnea e pós cirurgia refrativa, quando os resultados destas cirurgias não são os esperados.
Segundo alguns especialistas, as lentes rígidas gás permeáveis são as únicas que podem ser indicadas sempre que houver indicação de lentes de contato, por serem as que melhor oferecem o oxigênio e a devida lubrificação da córnea, principalmente se forem de desenhos asféricos[carece de fontes].
Marcas de lentes de contato
As lentes de contato mais comuns do Brasil são das marcas: Acuvue, Alcon, Bausch & Lomb, Ciba Vision, Clic,Coopervision, Ikeeps, Johnson & Johnson, Lens Alert, Look Vision, Optolentes, Solótica, Ultralentes.
Principais complicações
Pálpebra:
Conjuntiva:
Córnea:
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- Bactérias
- Protozoários: Acanthamoeba
- Fungos: Fusarium6
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Referências
- ↑ a b c Barr, J. "2004 Annual Report". Contact Lens Spectrum. January, 2005.
- ↑ Dixie Farley. "Keeping an Eye on Contact Lenses: Safety, Options Shape Contact Lens Decisions." U.S. Food and Drug Administration: FDA Consumer. March-April 1998; revised August 1998.
- ↑ National Consumer Affairs Center of Japan. NCAC News Vol. 12, No. 4. NCAC News. March, 2001.
- ↑ Sokol JL, Mier MG, Bloom S, Asbell PA. "A study of patient compliance in a contact lens-wearing population." CLAO J. 1990 Jul-Sep;16(3):209-13. PMID 2379308
- ↑ Athletes and Contact Lenses
- ↑ Contact lens wearers warned about eye fungus. Página visitada em 2006-08-07.
Ligações externas
1)Inocidade como são classificadas as lentes de Hema de acordo com o seu tero de hidratação?
>>Teor de água hidratada (baixa) >>38 a 42% alta>> 45-60% de água>>este de uso diário e uso prolongado
2)como são classificadas as lentes hidrófilicas de acordo com sua fabricação?
>>Moldadas, torneadas ou centrifugadas
3)Como são clasificadas as lentes de acordo com sua inociadade?
Material iônico e não iônico
4)Monovisão ou Básula é?
>>Olho dominante para longe olho dominado para perto
5) O que é material iônico?
Material que tem atraido das proteínas das lágrimas
6)Cálcule o DV dois graus abaixo:
a)-7,00 b)-10,00 c)+5,00 d)+8,00 e)-4,00 f)-16,00 g)-6,50 h) +7,50
Lentes Hidro Tóricas
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Como entender e adaptar lentes ‘hidro tóricas’ (gelatinosas) Em primeiro lugar vamos esclarecer o que são lentes ‘hidrotóricas’: São lentes gelatinosas com dioptrias cilíndricas ou esf. cil. e respectivos eixos definidos. Elas destinam-se a correção dos astigmatismos combinados com miopia ou hipermetropia. São, portanto diferentes das esféricas descartáveis, analisadas em tópicos anteriores. Elas possuem dois meridianos com dioptrias diferentes. Estas lentes corrigem tanto as dioptrias esféricas como as cilíndricas. As lentes, além das dioptrias esf. e cil., tem uma marca do eixo horizontal. Este eixo é observado por duas pequenas linhas gravadas e localizadas na periferia horizontal das lentes, sem que afetem a acuidade visual normal. Esta posição dos eixos nem sempre ocorre na mesma posição da receita e existe uma pequena variação naquelas posições, ou seja, em torno de 10º. As lentes sofrem uma ‘torção’ do eixo original, nem sempre com os mesmo 10º mencionados antes e diferem da prescrição. Este procedimento vem sofrendo modificações à medida que os fabricantes vão melhorando a sua tecnologia e as tecnologias variam de fabricante para fabricante.
Sabe-se que a quantidade de torções que as lentes sofrem, ao serem adaptadas na córnea, varia desde 10º até 90º. Uma receita com eixo a 10º sofre uma torção maior que uma outra de 90º. Para cada combinação de dioptria esf. e cil., teoricamente, deveriam existir em estoque 18 tipos para cada uma destas e para cada eixo de acordo com as das combinações e torções. A adaptação de lentes hidro tóricas é a mais complexa do todos os tipos. Isto faz com que o processo seja quase que integralmente entregue aos fabricantes. Isto não ‘emburrece’ os técnicos contatólogos, mas é uma contingência inevitável do processo. Mesmo porque isto obriga os fabricantes a estocarem inúmeras combinações de dioptrias, o que onera muito o custo destas lentes o que torna inviável a estocagem nas lojas, ao contrário das esféricas simples. Exemplo de lente esf. -4,00 cil.-5,00 x180º Vejamos um exemplo de RX esf. -4,00 cil. -5,00 x 180º. Esta receita destina-se a lentes de óculos. Muito embora a atribuição da escolha das dioptrias esteja a cargo dos fabricantes, vamos esclarecer como o fator ‘distância vértice’ deve ser considerado nestes casos. Em primeiro lugar devemos conhecer os valores dos meridianos principais para este caso: Então temos -4,00 no meridiano horizontal e -9,00 no vertical que é a disposição dióptrica destas lentes nesta receita. Fórmula para conversão das dioptrias de óculos para as de lentes de contato, considerando-se que a Dv usada nos exames seja de 12mm.: Observação: Tanto os Oftalmologistas como os Optometristas usam, em média, uma Dv de 12 mm. Calculando-se para o meridiano -9,00: Observação: A lente de contato deverá ter -8,12 no meridiano dos óculos -9,00 diop. Calculando-se para o meridiano -4,00 diop: Observação:. A lente de contato deverá ter -3,81 diop. no meridiano dos óculos -4,00 diop. Então os valores dos meridianos principais para lentes de contato são: As dioptrias para lentes de contato são: esf. -3,81 cil. -4,31 x 180º, evidentemente arredondadas para as dioptrias convencionais, ou seja: esf. -3,75 cil. -4,25 x 180º. Vejam que este cálculo é um pouco mais complexo, mas é explicado para melhor entendimento. Caso se peça ao fabricante esf; -4,00 cil. -5,00 ele fornecerá esf. -375 cil.-4,25 x180º com a respectiva torção já compensada. Porém os números das etiquetas serão esf. -4,00 cil. -5,00 x 180º. Espero que entendam.Não é possível estocar lentes hidro tóricas Nas lentes hidro tóricas é inconcebível que os revendedores das ópticas tenham um estoque compatível, digamos que até totalmente inviável. Sendo assim, o consultor da óptica deverá proceder da seguinte maneira para venda e pedido destas lentes, assim como segue:
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7)calcule equivalente esférica
-3,00-100*180
+-200-0,50*180








