CONTATOLOGIA

26/03/2014 14:04

 

 

Contatologia

https://sites.google.com/site/neydiasopticaoftalmica/espessura-das-bordas-das-lentes-negativas

 

Introdução

Contatologia é a  ciência que estuda o olho, especialmente nos componentes relativos à córnea, as lentes de contato, sua adaptação e correção visual. A contatologia é uma disciplina constante do ementário mínimo de habilitação dos cursos de Técnico em Óptica, Tecnólogo em Optometria e Bacharel em Optometria.

Muito embora a Contatologia esteja sofrendo grandes modificações, devido ao desenvolvimento da tecnologia, especialmente no que diz respeito as lentes descartáveis, estas trouxeram uma praticidade acompanhada de popularização do uso das lentes de contato surpreendente. Hoje, em 2011, as vendas de descartáveis pelos fabricantes, está surpreendente:

  • Para as ópticas: 70%
  • Para os oftalmologistas: 30%

 

Praticamente estas modernas lentes fizeram com que os departamentos clássicos de lente de contato ficassem com menos atuação, com exceção de uns poucos especialistas. A adaptação de lentes rígidas foi se tornando escassa, mas ainda existem clientes remanescentes que ainda as usam. As lentes rígidas são adaptadas em certos casos de correções em  clientes que já as usam tradicionalmente e nos casos de queratocone e astigmatismos irregulares, em que elas são muito úteis, senão imprescindíveis. Existem profissionais contatologistas especializados de alta competência que atendem casos de lente rígidas (gaz permeáveis e hidro tóricas) com grande utilidade e aceitação especialmente e casos de ametropias especiais.

Contatologia é uma especialidade da óptica e da optometria, tanto em nível técnico como superior. Cuida da adaptação das lentes de contato ao olho. Na realidade, os especialistas em nível de bacharelado, tecnológico ou o técnico  são os únicos profissionais da área de saúde que tem conhecimento técnico e científico para tal função. Em nível superior estuda quatro ou dois anos e meio e em nível técnico 1.230 horas/aula. São profissões  e funções reconhecidas pela Organização Mundial de Saúde, pela Organização das Nações Unidas, pelo Ministério do Trabalho e Emprego, pelo Ministério da Saúde e, na Classificação Brasileira de Ocupações do M.T.E., pelo Conselho Brasileiro de Óptica e Optometria.

Suas atuações são garantidas pela Constituição Brasileira, no capítulo dos direitos individuais, art. 5º inciso 13, o qual garante o exercício profissional de todas as profissões desde que as instituições que os diplomaram estejam legalizadas dentro do estabelecido pelo Ministério da Educação.

Os profissionais citados, ao venderem e adaptarem as lentes de contato, pagam o imposto ICMS, em vendas feitas, não somente pelas casas de óptica, como também pelos departamentos legalizados.

Em nível técnico estão garantidos pelo parecer 404 do Ministério da Educação e Cultura, em adendo a Lei de Diretrizes e Bases da Educação de 1971,  que estabeleceu sua inclusão no currículo concernente de técnico em óptica.

Como detalhe da importância da contatologia, hoje, em 2010, 70% das lentes de contato já  são vendidas pelos estabelecimentos ópticos, especialmente carreadas pelas novas lentes descartáveis.

 

APRESENTAÇÃO

Esta apresentação se propõe a dar os primeiros entendimentos sobre a Contatologia, disciplina esta inserida nos cursos de Técnico em Óptica, Tecnólogo em Optometria e Bacharel em Optometria.

Evidentemente este trabalho dá apenas uma ideia do que se deve estudar entender. É dirigido especialmente para os cursos de nível técnico e parte de alguns superiores. Destina-se primordialmente para aqueles que se iniciam na adaptação de lentes de contato.

Como não poderia deixar de ser os ensinamentos que apresentamos aqui não esgotam absolutamente a matéria e servem apenas para iniciação.

O profissional especializado em contatologia deve ter conhecimento mínimo dos seguintes itens que passarei a enumerá-los:

 

NOÇÕES DE CONTATOLOGIA

Diagrama esquemático do olho humano

 

Pequenas noções de anatomia ocular

Da anatomia ocular nos ocuparemos principalmente da córnea, superfície onde as lentes de contato se adaptam. Informaremos as dimensões nominais reservando-nos a explicar que poderão existir outras medidas, mas que não representam a média das mesmas e são  pouco comuns.


Forma externa da superfície corneana: é asférica tendo sua zona central mais aproximada a uma seção de esfera e a medida que afastamos da zona central, concentricamente, torna-se mais aplanada, ou seja suas curvas em dioptria vão baixando progressivamente e seu raio de curvatura vai aumentado, em sentido concêntrico até se aproximar da esclerótica. Este fato permite que as lentes de contato se situem ao centro da córnea devido a forma mais aplanada na periferia.


Vista frontal, aproximada, da superfície corneana, que dá uma idéia da sua superfície asférica. A zona óptica ópticamente pura, no centro, tem aproximadamente 6mm de diâmetro. As demais periféricas possuem aberrações astigmáticas.

Quando a íris é dilatada, entrando na zona de aberrações, a imagem fica desfocada.

 

Astigmatismo Corneano

A grande maioria das córneas tem uma forma ligeiramente tórica, ou seja possuem um astigmatismo corneano de 0,25/0,50 diop., muito embora o olho não precise de correção. Já outros astigmatismos corneanos, mais altos, precisarão de correção astigmática. A grande maioria das córneas tem uma curva tórica, ou seja, 44,00 dioptrias no sentido horizontal e uma outra curva  mais acentuada no sentido vertical ou outras posições, estas na maioria dos casos.  Fica claro que este astigmatismo corneano pode se situar em outros eixos, desde 0º a 180º.

Quando o astigamatismo corneano é alto, a correção do mesmo deve ser feita com lentes rígidas ou gelatinosas tóricas. As lentes esféricas gelatinosas não corrigem o astigmatismo corneano.

Geralmente estes astigmatismos corneanos são aproximados ao astigmatismo de refração, inclusive seus eixos.

 

KERATÔMETRO


Keratômetro é o principal instrumento do departamento de  Contatologia. É utilizado para fazer keratometria, ou seja, medir as curvaturas da córnea, assim como possíveis deformações. Ele mede a curva horizontal, vertical (ou outros eixos) e indica o eixo da curva K. 

Dispõe de:

  1. Ocular: Serve para regular o aparelho de acordo com a visão do observador. Tornando a cruz preta o mais nítida possível.
  2. Tambor graduado em dioptrias que indica as curvas horizontal e vertical (no lado oposto da foto).
  3. Transferidor que indica a posição do eixo do astigmatismo.
  4. Ajuste do foco do aparelho sobre a córnea.
  5. Ajuste da testeira. Posiciona a distância do cliente.
  6. Elevação do conjunto. Regula a altura do conjunto.
  7. Fixador pós ajuste.
  8. Testeira. Aproxima ou distancia do cliente.
  9. Oclusor.
  10. Queixeira.
  11. Movimentador da testeira.
  12. Pino nivelador do olho com o centro do aparelho.

 

PROCEDIMENTO PARA MEDIÇÃO DA CURVAS NO KERATÔMETRO

  • Posicione o cliente fazendo com que o queixo se adapte na queixeira e a testa encoste na  testeira;
  • Oriente para que olhe fixamente para o centro do círculo keratométricos, abrindo bem os olhos e não os movimente;
  • Usando o elevador ajuste nivelando o pino, o zero do transferidor e o centro do olho do cliente;
  • Gire o conjunto para a direita e esquerda, até encontrar o centro do olho, procurando divisar os círculos keratométricos (veja abaixo), e simultaneamente procurando o foco dos círculos keratométricos;
  • Ajuste o foco até que os círculos se sobreponham com precisão, mantendo a cruz preta no meio do círculo central;
  • Faça que os sinais – e + se sobreponham
  • Procure o paralelismo entre os sinais negativos e positivos da imagem keratométrica;
  • Gire o transferidor até que parte dos sinais + e – tornem-se paralelos.
  • Ajustando os tambores Horizontal e vertical, faça com que os sinais + e – se sobreponham, procurando o paralelismo (dos sinais) e mantendo o círculo central exatamente no centro da cruz preta da ocular.
  • Faça a leitura em dioptrias, tanto a curva menor (K)  como a maior oposta. Estas curvas serão a referência para adaptação das lentes. Geralmente a curva menor é a horizontal, mas quando a curva k é a vertical, leia o eixo keratométrico na parte superior do transferidor, próxima de 90º.
  • Quando os círculos aparecem deformados, perdendo a continuidade, é indício que há um keratocone.

Imagens Keratométricas do olho normal

 


Imagens Keratométricas aproximadas do olho com Keratocone demonstrado pelos círculos irregulares

O técnico (vendedor) da ótica deve estar bem preparado. Na verdade os casos de Keratocone são raros, mas isso não justifica o desconhecimento dessa anomalia da visão. Essa deficiência da visão é causada pela forma cônica (e não esférica) da córnea. A correção com óculos não permite uma visão com boa acuidade, algumas vezes é similar a uma alta miopia, mas a melhora da visão só pode ser obtida com o uso de lentes de contato rígidas. Fazendo-se o teste com a estenopéia, a visão melhora, mas lentes de óculos não permitem uma correção satisfatória. A melhor visão somente é obtida com lentes de contato rígida, que somente poderá ser adaptada por um bom técnico contatólogo. Esta adaptação é feita com lentes rígidas de alto poder dióptrico acompanhada de teste de fluoresceína e sobre refração.

 

DIMENSÕES MÉDIAS DA CÓRNEA



Vemos acima uma demonstração  aproximada das cinco camadas externas da  córnea, ou sejam, de fora para dentro do olho:

 

  • Eptélio
  • Camada de Bownman
  • Estroma
  • Camada de Descemet
  • Endotélio

A espessura central média da córnea á de 0,6 mm e a espessura periférica média é de 1,3mm.

As curvas da córnea podem variar desde 39,00 a 45,00 (maioria) sendo que quando chegam nesta curva máxima geralmente estão próximas de um queratocone, e neste caso, quando apresentam deformações nos círculos queratométricos que apresentam uma forma irreguar que vimos no desenho acima.

Astigmatismo residual

Existem outros astigmatismo designados como ‘residuais’ que são causados por partes internas do cristalino e curva interna da córnea.

Relação da hipermetropia com a baixa curva da córnea

Nos casos em que a baixa curva da córnea, próximas de 39,00/40,00 dioptrias, há um forte indício que o olho é hipermetrope. Os do tipo acomodativo se apresentam com acuidade  visual normal, no ato  do exame, entretanto, os clientes após um certo tempo de leitura sentem fadiga visual, embaralhamento das letrals e cançaço visual. Estas hipermetropias pode ser detectadas pela retinoscopia.

Em alguns casos, geralmente o tamanho das córneas é maior que 11,5 mm, podendo chegar a 12,5 mm.

Raio de curvatura e índice de refração da contatologia

O raio de curvatura e as dioptrias da contatologia são usados em função do índice de refração da córnea, ou seja, n= 1,3375. Assim sendo para que se faça a conversão de raio de curvatura em dioptrias e dioptrias em raios, usam-se as seguintes equações:

Sendo:        

  • n: índice de refração da córnea (1,337) sendo a equação designada  pelo índice em metros que será convertido em mm. unidade de medida mais usada em contatologia.

Para a conversão de diop. em raio temos um exemplo:

Uma curva de 44,00 dioptrias tem um raio de:

Note que no cálculo do Raio, 0,337m. foi convertido para mm.

Observe que em allguns keratômetros os discos que medem as  dioptrias tem simultaneamente a indicação em raios de curvaturas.

 

Astigmatismo a favor e contra a regra

Quando a curva K está na horizontal, ou próxima, diz-se que há um astigmatismo a favor da regra. Já quando a curva K está próxima de 90º este astigmatismo é considerado contra a regra. Lembramos que há uma correlação da curva k com o eixo negativo das prescrições, ou seja, quando o eixo do astigmatismo negativo está a 180º, há uma relação com a posição da curva K.

Esta regra não é fixa, pois em vários casos de córnea esférica pode-se encontrar um astigmatismo com eixo a 90º (ou próximo).

Exemplo 1: Astigmatismo a favor da regra

Acima vemos um astigmatismo corneal de 3,00 diop. ‘a favor da regra’ que formará uma astigmatismo de refração negativo próximo de cil. 3,00 com eixo a 180º

Exemplo 2: Astigmatismo contra regra
Acima vemos um astigmatismo corneal de 1,00 diop. ‘contra regra’ que formará uma astigmatismo de refração negativo próximo de cil. 1,00 com eixo a 90º

 

Astigmatismo corneal e sua ligação com os exames refratométricos

Nos exames refratométricos a medição do astigmatismo corneal é de muita utilidade. Com estas medidas pode-se aproximar o astigmatismo de refração total, além da posição dos seus eixos astigmáticos.

 

Aparelho lacrimal

O  aparelho lacrimal é um conjunto de órgãos responsáveis pela produção e condução das lágrimas. É composto da glândula lacrimal,  e glândulas acessórias (Meibonnio) que são as glândulas localizadas nas extremidades das pálpebras e os dois pontos lacrimais, sendo que cada ponto forma a entrada dos canalículos. Depois as lágrimas atravessam os canalículos e entram no saco lacrimal. O saco lacrimal está ligado aos condutos sacro lacrimais e as lágrimas chegam finalmente as  fossas nasais.


Liquido lacrimal

 

O PH do líquido lacrimal está entre 7,2 e 7,7 e sua espessura é de 4 a 8 micra. O índice de refração do líquido lacrimal é de 1,336 a 1,337.

A composição química do líquido é de:

  • Água= 98,2%
  • Matéria sólida= 1,8% (geralmente proteínas e cálcio)

A matéria sólida se constitui de proteínas, mucopolissacarídeos e lípidios. O restante é composto de íons de sais inorgânicos, dentre estes o sal é o mais abundante.

 

Olho seco

O olho seco é uma das contra indicações ao uso de lentes de contato. É consequência da deficiência de secreção lacrimal.

 

Teste de Schirmer

É um teste para se medir a secreção das lágrimas, o que se consegue dobrando a extremidade de um papel filtro de 35 x 5 mm. e localizando-o dentro da pálpebra inferior. A secreção normal é quando em quatro minutos a extensão molhada da tira alcança 10mm. a partir da dobra. Caso alcance 25mm. há excessivo lacrimejamento. Antes de 10mm. há um forte incício que o cliente tem olho seco. Nestes casos, o uso de lentes de contato é problemático sendo que o cliente poderá até mesmo usá-las, porém pingando soro fisiológico constantemente.


Contra indicações ao uso de lentes de contato

Pessoas que trabalham em ambientes empoeirados, assim, como estradas poeirentas ou em ambientes impregnados de pó não devem usar lentes de contato, (nestes ambientes). Aqueles que trabalham em ambientes impregnados de produtos químicos, igualmente não as devem usa-las. Já em ambientes com pouca humidade (ar condicionado) ou cidades assim como Brasília, de pouca humidade, devem estar munidos de frascos de solução salina para quando houver incômodo lubrificarem as lentes.

Adaptação de lentes descartáveis

A popularização destas lentes descartáveis poderá trazer eventualmente, quando não há higiene,  alguns problemas de infecções oculares. O principal deles é com respeito a limpeza, assepsia e conservação das lentes, quanto não são bem feitas.

Outro ponto que merece cuidado é com respeito a lentes adaptadas que ficam apertadas, ou seja, fixam-se demasiadamente na córnea. Para evitar esta pressão sobre a córnea, (que faz com que o olho fique vermelho) faça o seguinte teste durante a adaptação inicial:

  • a) mande o cliente olhar para o teto mantendo a cabeça em posição normal;
  • b) mande piscar seguidamente e observe se a lente se movimenta cerca de 1mm. Isto é o normal.
  • c) o uso de uma pequena lanterna ajuda a detectar quando a lente não se movimenta, o que indicará que a lente está apertada e que provavelmente, com o uso contínuo, incomodará e até mesmo provocará olho vermelho.

Presbiopia (vista cansada)

A presbiopia é a perda de acomodação, pelo  cristalino, que impede as pessas de enxergarem nitidamente em distâncias curtas, assim como 35/40 cm. Letras menores e objetos pequenos não são vistos com nitidez. Esta perda de visão ocorre nas pessoas com mais de 42 anos e é considerada a ametropia mais popular de todas. Todos nós seremos presbitas um dia. É  corrigida com lentes positivas. Milhões de pessoas tem presbiopia.

As correções da presbiopia, com lentes de contato, restringem-se as lentes multifocais ou bifocais.

Lente de contato bifocal 

Lente de contato bifocal posicionada para permitir a visão de longe, através da zona central da lente.


Lente de contato bifocal posicionada para permitir a visão de perto, através da zona periférica da lente.


Obs: Quando o olho desce, para permitir a visão de perto, a pálpebra inferior empurra a lente para cima, fazendo com que o cliente olhe pela zona periférica, de perto.

 

Correção da presbiopia com lentes de contato

Com o desenvolvimento da tecnologia, a presbiopia pode ser corrigida com lentes de contato,  em casos que o cliente se adapte e que a colocação da lente seja feita por profissional habilitado. Quando o cliente olha para perto, a pápebra inferior levanta a lente e o usuário passa a olhar pela periferia da lente cuja dioptria é a de perto. Quando o cliente olha para longe, passa a usar o centro da L.C. cuja dioptria é a de longe.

Estas lentes tem uma conformação aproximada a forma acima demonstrado.

 

Correção com a monovisão

Mono visão é a correção de um olho com a dioptria de longe (o olho dominante) e o outro olho com a dioptrua de perto. Nos casos em que a diferença entre os dois olhos é até 2,00 dioptrias é possível a adaptação. Deve-se reduzir quanto possível a diferença entre a dioptria de longe e perto. Acima de 2,00 de adição é problemático. Normalmente sacrifica-se a diop. de longe aumentando-a em +0,25 e reduzindo-se a de perto em -0,25, procurando-se sempre reduzir a adição, tão quanto possível.

Ainda a técnica da monovisão, para correção da presbiopia, poderá ser adotada, quando se corrige um dos olhos para perto e o outro olho para longe. Entretanto estima-se que somente 50% dos usuários, que adotam esta técnica, conseguem se adaptar. As percepções e concepções visuais são obtidas pelo cérebro e este é um fator a ser considerado,em se tratando de adaptação.

 

Deficiências visuais que normalmente não são corrigidas com lentes de contato

Destacamos os estrabismos, as forias, o daltonismo, o nistagmo, a conjutivite, o tracoma, a catarata, o glaucoma e a doença das vias lacrimais, dentre outras.

Anisometropia

É o estado no qual as refrações dos dois olhos apresentam uma diferença dióptrica considerável (acima de 3,00 Diop.) Também é a condição em que a refração dos dois olhos é desigual ou a condição na qual um olho difere significativamente do poder refrativo do outro olho.

Aniseiconia 

É a condição ocular em que as imagens são vistas, por cada um dos olhos, em tamanhos e formas desiguais, um do outro. A visão de objetos por um olho é maior que o outro olho. É conseqüência da anisometropia.

A correção da aniseiconia tendo como comparação, com óculos e com lentes de contato

As aniseiconias quando corrigidas com óculos e com lentes de contato, há que se considerar o grau da anisometropia, ou melhor, a diferença de tamanho das imagens visualizadas pelos dois olhos.

Vejamos em quanto o tamanho dos objetos será maior, num dos olhos, nos casos de aniseiconias, em porcentagens:

Aniseiconia e a diferença no tamanho das imagens vistas entre o OD e OE.

Exemplo 1

OD. Esf. +6,00
OE.         0,00

Exemplo 2

OD. Esf. +12,00
OE.           0,00

Pelos exemplos acima vemos que quando há correções de anisometropias, especialmente acima de +4,00 diop. o melhor é corrigi-las com lentes de contato. Estas não aumentam tanto o tamanho desigual das imagens.

Há uma publicação de Optometristas norte-americanos que estabeleceu que uma diferença entre o tamanho das imagens aceitas pelos dois olhos está em até 4%, no tamanho das imagens. Mais do que isto começam os problemas de fusão das imagens entre os dois olhos.

 

Contra indicações patológicas ao uso de L.C.

Praticamente as patologias do olho são uma contra indicação para o uso de lentes de contato. Enumeramos as seguintes:

Conjuntivites, olhos vermelhos, olho seco, Pterígio, Hiper estesia e hipo estesia, Glaucoma, Blefarite, Nistágmo Irite, Ceratite, Alergias, Úlceras corneanas, Gravidez dentre outras.

Contra indicações ambientais ao uso de L.C

Poeiras em suspensão, Produtos químicos evaporados, Pouca umidade do ar. O uso de lentes de contato ao dirigir motos, por exemplo, faz secar as lágrimas o que  dificulta seu uso.

Contra indicações psicológicas

Falta de higiene, impaciência, aversão a corpos estranhos  no olho.

Tipos de lentes de contato

Existem as rígidas, gelatinosas, corretivas, cosméticas, uso prolongado, descartáveis, tóricas, multifocais e bifocais.

 

 

APARELHOS, INSTRUMENTOS, UTENSÍLIOS E MATERIAIS DE USO NO DEPARTAMENTO DE LENTES DE CONTATO

  • Keratômetro
  • Régua fixadora de lentes rígidas e medidas de curvas
  • Lâmpada de burton
  • Quadro de optotipos com controle remoto
  • Quadro duo cromo teste
  • Caixa de provas de lentes graduadas para sobre refração
  • Caixa de provas com lentes de contato rígidas
  • Caixa de provas com lentes de contato gelatinosas
  • Oftalmoscópio
  • Régua de  medir diâmetro de lentes rígidas
  • Lensco meter para aferir o keratômetro
  • Frascos para lentes gelatinosas
  • Alicate fechador de frascos
  • Estojos para lentes de contato
  • Frasco com soro fisiológico a .09%
  • Asseptizador eletrico para lentes gelatinosas
  • Pia com suporte para papel toalha
  • Tiras para teste de shirmer
  • Armário de vidro para guarda de materiais
  • Papel toalha fino
  • Bandeja para depósito de lentes
  • Frasco com soro fisiológico, conservado na geladeira
  • Colírio de fluoresceína estéril.

 

INSTRUÇÕES PARA ADAPTAÇÃO DE L.C. RÍGIDAS

Pequenas regrinhas úteis e cuidados na adaptação de rígidas:

Escolha do diâmetro e outras:

Dicas:

  • Deve-se levar em conta que nas keratometrias baixas existe uma relação direta com diâmetros de córneas maiores (12,5mm.) e leva lentes maiores;
  • Nas keratometrias altas esta relação é com diâmetros das córneas menores (11mm.) e leva lentes menores;
  • Quando a lente adaptada se movimenta demasiadamente, saindo do centro, resolve-se aumentando o diâmetro da lente rígida. Assim é possível a correção; Também aumentando-se a curva pode ser corrigido este problema. São duas opções. A primeira é mais plausível;
  • O teste com fluoresceína indica se a lente está ‘apertada’ ou ‘folgada’;
  • Lente ‘apertada’ mostra excesso de fluoresceína no centro da lente. Mostramos em outro local a foto;
  • Lente ‘folgada’ mostra excesso de fluoresceína nas bordas e movimento da lente excessivo;
  • O ‘blending’ aparece como um pequeno aro colorido na extremidade da lente com cerca de 0,5 mm de espessura (é normal);
  • Quando no teste fluorescópico aparece um pequeno círculo preto no centro da lente significa que a lente está tocando fortemente no centro. Deve-se evitar firmemente esta situação que poderá causar escamação (lesão) no centro da córnea.
  • A lente rígida bem adaptada faz um ligeiro movimento que não deve ser demasiado, (até 2mm.). Mais do que isso  faz  com que a lente saia da posição;
  • Quando casualmente a lente se aloja no canto do olho, debaixo da pálpebra superior e fora da córnea, deve-se tranqüilizar o cliente. Injeta-se muito soro, mandando o cliente olhar para baixo e levantando-se a pálpebra superior, desloca-se cuidadosamente a lente para a posição normal:
  • Neste último caso, a esclerótica tem uma curva bem baixa e segura muito a lente, fazendo uma espécie de ventosa;
  • Quando o cliente queixa-se que a borda da lente está arranhando, verifica-se o acabamento do ‘blending’, na lente, com o auxílio de uma lupa de aumento e com uma lanterninha retangular acesa, e por baixo, se existe mal acabamento na borda. Deve-se usar uma lupa de relojoeiro para detectar melhor a imperfeição, com a lente na ponta do dedo indicador;
  • Uma situação difícil é quando uma lente defeituosa causa uma lesão na córnea. Esta lesão é vista com o teste de fluoresceína (um ponto ou traço luminoso) e com a lente fora do olho. Deve-se suspender imediatamente seu uso e pedir a colega experimentado ajuda para curar a lesão.

Em primeiro lugar deve-se preparar o local onde a adaptação será feita. Cabe aqui uma observação: Vi nos Estados Unidos a adaptação sendo feita num balcão da óptica e não em consultório reservado. Talvez não seja uma regra geral. Vamos aqui demonstrar o nosso sistema, ou seja em departamento separado, com ar condicionado, piso e paredes  lisos e limpos, claro, com interruptor de luz ambiente. Evidentemente com os recursos de aparelhos. Instrumentos e utensílios já demonstrados anteriormente nesta apresentação.

  • Numa pequena mesa, completamente limpa e higienizada, forrada com um pano limpo branco e claro  (a lente é verde e facilmente localizada, caso caia da mão) devemos ter em mãos o frasco de solução salina, um recipiente para depósito da lente em uso, um espelho com duas faces (uma normal e outro lado com aumento de imagem), caixa de lenços de papel e estojos para a guarda das lentes. Evidentemente que o cliente ficará sentado em banco ou cadeira apropriados e confortável para ele.
  • Tenha a certeza que a lente está completamente livre de impurezas e que o acabamento do blending foi bem feito pelo fabricante. Examine com uma lupa de aumento;
  • Deve-se fazer uma preleção sobre o método que se irá adotar para adaptação da lente.
  • No inicio, oriente o cliente para não piscar (difícil)quando da colocação da lente e permanecer com o olho aberto.
  •  Em seguida oriente para que olhe para cima. A lente deve estar  na ponta do dedo indicador do adaptador e com o dedo maior empurre a pálpebra inferrior para baixo, colocando-a suavemente entre o limbo inferior da íris e a esclerótica.
  • Após a colocação, pingando soro, empurre a lente para o centro da córnea e oriente para que olhe para baixo, para evitar o incômodo inicial, Este melhora em vinte minutos.
  • No inicio o cliente expelirá muitas lágrimas o que é normal. Enxugue o excesso com papel fino e higienizado;
  • Vejamos agora o procedimento para retirada da lente, após a completa adaptação. Com o dedo indicador estique o canto do olho, no encontro das pálpebra temporais, colocando a lente exatamente entre a pálpebra superior e inferior, no centro do olho. Estique as pálpebras fazendo com que a superior e inferior das pálpebras pressione a lente até que a mesma pule fora do olho. Evidentemente que a outra mão irá aparar a lente que pula fora do olho. No início é mais difícil. Cuidado para que a lente não caia no chão ou no colo do cliente.
  • Ao depositar as lentes nos estojo  apropriado tenha o cuidado de orientar o cliente para não trocar O.D. com O.E. e colocar a lente com o lado convexo para baixo.
  • Após os vinte minutos treine o cliente na colocação e retirada das lentes. É um  processo trabalhoso, dependendo do cliente pode ser mais rápido ou demorado. A tendência do cliente é fechar os olhos ante a aproximação da lente no seu olho. Demonstre que a medida que fará o treinamento este dificuldade será cada vez menor. É difícil, mas se consegue com persintência.
  • Após ter certeza que o cliente está devidamente treinado na colocação e retirada das lentes, conservação e limpeza, oriente para que volte após 15 dias para revisão. É  imprescindível que o faça.
  • Na revisão inspecione se não hove problema algum verificando a integridade da córnea.
  • Caso haja problema, faça o teste de fluoresceína e verifique se houve algum toque indevido na córnea e corrija.trocando a lente ou enviando-a para o fabricante. 

Enquanto o cliente se acostuma com a lente oriente para que, no uso diário, evite um vento forte que poderá tirar a lente do olho. Também, até se acostumar, evitar olhar rapidamente para os lados, afim de que a lente não se encaixe no canto do olho que poderá pular fora do olho. Com o tempo de uso se aprende a evitar estes problemas. Ao coçar o olho, não o faça diretamente sobre a pálpebra central e sim no contorno da L.C. para que não tire a lente da posição normal.

Instrua-o que, para se acostumar totalmente, levará cerca de 20 dias, e que a adaptação será lenta e gradual.

Escala de tempo de adaptação ao uso

 

Nos três primeiros dias usá-las por três horas. Gradualmente vá aumentando o tempo de uso em uma hora a mais, aumentando de três em três dias o tempo de uso até a adptação total. Dada cliente tem um tempo de adaptação, mas a regra é acima exposta.

Caso a lente acidentalmente caia no chão (evitar sempre) a mesma deve ser apanhada usando dois pedaços de papel, um de cada lado, cercando e aparando a lente. Isto evitará que se arranhe em contato com o chão. Não pise sem olhar atentamente e tenha cuidado para não danificar a lente.

Será absolutamente imprescindível que o usuário mantenha sempre as mãos limpas e higienizadas ao manusear as lentes. A possibilidade de infecções nos olhos deve ser evitada sempre com muito cuidado.

Adaptação de lentes Rigidas

Para adaptação de lentes rígidas escolhe-se tanto o diâmetro como sua curva de contato com a córnea e finalmente a dioptria. Para esta escolha deve-se ter em conta a qualidade do material da lente, assim como seu DK (coeficiente de hidratação), receita e keratometria.

Quando a curva corneana é baixa, próxima de 39,00

Não existem regras fixas, mas quando se tem uma curva da córnea baixa (próxima de 39,00) quase sempre está presente um diâmetro de íris maior. Como os parâmetros das íris (onde é medido o diâmetro da córnea) são limitados. Não precisa o aluno pensar que a variação dos diâmetros são muito grandes. O que se considera diâmetro grande da íris é 12,5mm.

Quando a curva corneana é alta, próxima de 45,00 diop.

Sem ser uma regra fixa, quase sempre para uma córnea com curva alta (45,00 diop.) existe uma quase que correspondência com diâmetro pequeno de íris, próximo de 11,0mm.

 

Diâmetros das lentes rígidas

A escolha é feita em função do diâmetro da córnea (usa-se o tamanho da íris por ser visível e similar ao diam. da córnea.

  • Diâmetro de 12,5 mm: se inicia com diâmetro de lente 9,2 mm.
  • Diâmetro de 12.0 mm: se inicia com diâmetro de lente 9,0 mm.
  • Diâmetro de 11,5 mm: se inicia com diâmetro de lente 8,8 mm.
  • Diâmetro de 11,0 mm: se inicia com Diâmetro de lente 8,6 mm.

Instruções para adaptação de lentes rígidas no cliente

O cliente deve ser incialmente instruídos sobre o  uso destas lentes rígidas. Exemplificaremos algumas instruções:

  • Ao colocar-e a lente nos olhos o cliente sentirá uma forte sensação de corpo estranho nos olhos. Instrua-o para inicialmente olhar para baixo e explique que após 20 minutos esta sensação de incomodo irá sendo reduzida. Com o tempo de uso se acostumará e as usará normalmente sem incômodos.
  • Instrua-o  que, durante o uso, deverá evitar pós em suspensão assim como estradas poeirentas porque as impurezas podem penetrar entre a lente e a córnea e pode até mesmo lesiona-la. No caso de entrada de objetos estranhos, tire imediatamente a lente dos olhos, limpe-a e enxágüe-a com soro fisiológico e recolooque-a.
  • Instrua-o que a lente  rígida, poderá em alguns momentos depositar-se no canto dos olhos e fora da córnea. Pingue bastante soro e levemente com a ponta dos dedos, recoloque-a na posição normal. Quando ocasionalmente ele se depositar na parte superior, sob da pálpebra superior, use o mesmo procedimento esclarecendo que a lente não se perderá.

Como escolher a curva de contato com a córnea e a diop. da L.C. rígida para, por exemplo, RX esf. -2,00 cil. -1,00 e outras similares:

A escolha da curva de contato com a córnea depende de dois fatores: da keratometria e do valor do astigmatismo corneano.

Para quem não tem prática pode usar as tabelinhas fornecidas pelos fabricantes que são uma boa opção. 

Para calcular quando o astigmatismo corneano é baixo (até cil. 1,00) usa-se a seguinte regra:

  • Para escolha da curva de contato, divide-se o astigmatismo corneano por dois e adiciona-se a curva K da córnea; Ex: curva K 44,00 e a cruzada 45,00. Astigmatismo corneano 1,00 que dividido por dois nos dará a curva da lente escolhida que será 44,50.
  • Quando a curva da córnea é esférica, aumenta-se sobre a curva K, 0,50;
  • Para astigmatismos superiores a 1,00, a adaptação torna-se problemática, mas é possível até 2,00, com o cálculo (a) dependendo da sensibilidade do cliente e usando  outra regra: divide-se o astigmatismo corneano por três e se adiciona à curva K.

Escolha da dioptria da L.C.

  • A escolha final da dioptria da L.C. dependerá de dois outros fatores: da dioptria da lente lacrimal, formada pela curva K da córnea, da curva de contato com a córnea e do valor esf. da receita (que deve ter o cil. negativo desprezado);
Exemplo do valor da receita: esf. -2,00 cil -1,00

Partindo do valor esférico da receita (desprezar o cil. negativo) de esf. -2,00. Como exemplo: esf. -2,00. considerando-se que a lente lacrimal seja de +1,00 esta enfraquecerá a diop. esf. da receita para -1,00. Então teremos que pedir a lente rígida com esf. -3,00 para compensar o valor positivo (+1,00) da lente lacrimal. Assim não se modificará a receita de esf.-2,00.

Exemplo do valor da receita: esf. +1,00 cil -0,50

Partindo do valor esférico da receita (desprezar o cil. negativo) de esf. +1,00. Como exemplo: esf. +1,00. considerando-se que a lente lacrimal seja de +0,25 esta aumentará a diop. esf. da receita para +1,25. Então teremos que pedir a lente rígida com esf. +0,75 para compensar o valor positivo (+0,25) da lente lacrimal. Assim não se modificará a receita de esf. +1,00.

Obs. O astigmatismo corneano será preenchido com lágrimas e será assim corrigido. A lente a ser pedida terá um valor esf. de esf. +1,00 diop. e sua curva côncava terá 44,25 diop. e o diâmetro dependerá do tamanho da córnea.

 

LENTES GELATINOSAS

As lentes gelatinosas vem embaladas em frascos de vidro ou em recipientes plásticos. Ao abri-los tenha o cuidado de manter a lente na posição correta (lado cx para baixo) e no dedo indicador, antes da colocação no cliente.

A posição correta da lente a ser colocada, é com as bordas ligeiramente voltadas para dentro. Com as bordas recurvadas para fora é errada a posição. Veja no desenho abaixo:


Dioptria da L.C. Gelatinosa para receitas esférico cil.

Este cálculo é similar à do esf. equivalente, ou seja, divide-se o valor cil. por 2 e combina-se com o valor esférico.

Exemplo: Esf. -3,00 Cil. -1,00

A lente gelatinosa a ser encomendada deverá ter -3,50 que é o resultado da combinação de -1,00/2 = -0,50 que combinado com Esf. nos dará -3,50.

Exemplo: Esf. +3,00 Cil. -0,50

A lente gelatinosa a ser encomendada deverá ter +2,75 que é o resultado da combinação de -0,50/2 = -0,25 que combinado com Esf. nos dará +2,75.

Obs.: Esse esf. equivalente somente deverá ser utilizado em valores cil. que não sejam superiores a quarta parte da diop. esf. da receita. Existem clientes com valores cil. maiores que não se importam com a falta de correção do astigmatismo, estes desejam usar lentes esf. mesmo com a correção visual incompleta.

 

HIGIENIZAÇÃO

Assepsia química

A assepsia química  das lentes gelatinosas pode ser executada pela imersão das lentes em produtos químicos fornecidos por fabricantes especializados. Estes produtos não costumam eliminar todas as bactérias, mas eliminam as mais comuns, dependendo da qualidade do produto e do tempo de imersão, mas são eficientes para o dia a dia.

Assepsia térmica

Já a assepsia térmica pode ser feita pela imersão da lente em soro fisiológico em uma  estufa apropriqada, na temperatura de 90º Centígrados por 20 minutos. Elimina-se assim quase todas as bactérias.

Esterilização

Já a esterilização, esta sim, elimina todas as bactérias e pode ser feita em autoclaves a uma temperatura de 120º Cent. Por 20 minutos. A necessidade do uso de autoclaves é devido ao fato que as embalagens das tampas dos frascos não se estouram na alta temperatura.

Limpeza manual

Em alguns caso, quando se processa a limpeza  por fricção manual será necessário usar os dedos e a palma da mão, tomando cuidados para não rasgar ou danificar as lentes. Friccione a lente cuidadosamente renovando sempre o soro fisiológico. Caso a lente fique desidratada, certamente rachará as bordas e ficará inutilizada.

 

Composição básica das lentes hidrofílicas

Dependendo da marca e do fabricante as lentes hidrofílicas, estas se  compõem basicamente de 40% de material plástico e 60% de material líquido (soro fisiológico). As lentes devem ser conservadas imersas em solução salina, sem o que ficarão desidratadas e se danificação com a fricção manual ou pressão das tampas dos estojos. As lentes devem ser guardadas dentro de estojos apropriados, com o lado convexo voltado para baixo e tenha o cuidado de não deixá-las semi sub-imersas, fora do líquido para não se desidratarem parcialmente.

 

Adaptação de lentes descartáveis

A popularização destas lentes descartáveis poderá trazer eventualmente, quando não há higiene,  alguns problemas de infecções oculares. O principal deles é com respeito a limpeza, assepsia e conservação das lentes, quanto não são bem feitas.

Outro ponto que merece cuidado é com respeito a lentes adaptadas que ficam apertadas, ou seja, fixam-se demasiadamente na córnea. Para evitar esta pressão sobre a córnea, (que faz com que o olho fique vermelho) faça o seguinte teste durante a adaptação inicial: 

  • mande o cliente olhar para o teto mantendo a cabeça em posição normal;
  • mande piscar seguidamente e observe se a lente se movimenta cerca de 1mm. Isto é o normal e ideal.
  • o uso de uma pequena lanterna iluminando o olho, ajuda a detectar quando a lente não se movimenta, o que indicará que a lente está apertada e que provavelmente, com o uso contínuo, incomodará e até mesmo provocará olho vermelho. Neste caso troque por outra com curva base mais aplanada.

Como se trata de lente gelatinosa e completamente confortável no olho, a escolha de curvas base não é tão exigente como nas lentes rígidas. De todo modo, seguir as instruções do fabricante é um bom procedimento.

 

 

Colocação da lente gelatinosa

Esta colocação é a mais trabalhosa de todos os tipos de lentes. Exige um treinamento mais demorado porque a lente não se assenta facilmente no olho (enquanto não se pratica). A lente hidrofílica se compõe de 60% de líquido e 40% de material sólido. Molhada está hidratada, mas quando desidratada (seca) torna-se altamente rachável e quebradiça e isto deve ser informado ao cliente. 

Daremos um passo a passo para facilitar a colocação da lente:

  • Os procedimentos, em alguns pontos é similar ao das lentes rígidas, isto com respeito aos equipamentos e utensílios.
  • Lave rigorosamente as mãos secando-as com papel higienizado.
  • Com um cotonete Recolha a lente hidrofílica do frasco em que vem acondicionada, e coloque-a na ponta do dedo indicador;
  • Instrua o cliente para não fechar os olhos e não ter receio porque a lente, ao ser adaptada, não incomodará tanto como as rígidas.
  • Segure a pálpebra superior para que o cliente não a feche indevidamente.
  • Mande o cliente olhar para cima.
  • Aproxime cuidadosamente a lente do olho, sem que a lente se toque na pálpebra superior ou inferior.
  • Delicadamente encoste primeiramente a borda inferior da lente no limbro inferior e vá aderindo-a levemente até a deposição total. Normalmente a lente se adere facilmente na córnea.
  • Mande o cliente fechar o olho e faça uma leve massagem sobre a pálpebra para que a lente se adapte bem na córnea.

Retirada da lente gelatinosa

 

Ainda com um processo passo a passo use o seguinte procedimento:

  • Instrua o cliente para manter o olho bem aberto;
  • Com o dedo maior (médio) afaste a pálpebra inferior para baixo;
  • Emcorage o cliente a não se intimidar com o contato do dedo no olho, que tocará na lente e não na córnea;
  • Com o dedo indicador escorregue a lenta para baixo da córnea e juntando os dedos polegares e indicador, toque firmemente a lente, e dobrando-a retire-a da córnea.
  • Coloque a lente no estojo apropriado, com soro e com o lado convexo voltado para baixo.
  • Antes de fechar o estojo, certifique-se que a lente está centrada de modo que ao fechar a tampa não danificará a mesma. 

 

CONVERTER A DIOPTRIA DA RX DE ÓCULOS PARA LENTES DE CONTATO

Estas instruções valem tanto para as lentes rígidas como para as gelatinosas.

Os exames de refração são procedidos com as lentes do foróptro, ou da caixa de provas, afastadas da córnea cerca de 12 mm. Evidentemente que com a proximidade da córnea das lentes de contato, as dioptrias sofrem alteração. Estas modificações são mais notadas e mais importantes quando os valores dióptricos são maiores que 4,25 diop.

Somente as dioptrias  esféricas são levadas em conta. Quando a dioptria esférica da receita de óculos é negativa, o valor da lente de contato precisará ser reduzido e quando o valor é positivo precisa ser aumentado. Esta é a regra básica. O valor negativo do cilíndrico deve ser desprezado para este cálculo, exceto em cil. altos, mas este cálculo não será importante neste trabalho eminentemente prático e superficial.

A fórmula para determinar esta variação dióptrica é a seguinte:

Sendo:

D1 = Refração esf. original da receita

D2 =  Valor dióptrico da lente de contato

d  = Distância que a lente foi movida (em metros). No caso da L.C. usamos 12 mm. que convertidos para metros nos darão 0,012 metros.

Obs. Quando a diop. esf. é negativa, no denominador, usamos o sinal da fórmula + (mais) e quando é positiva usamos o sinal – (menos).

Exemplo 1: Temos uma receita de esf. -6,00 e queremos conhecer qual a dioptria para lentes de contato.

Obs.: A lente de contato terá que ter -5,60 diop. que arredondados serão -5,50, sabendo-se que as lentes de contato, nesta faixa, são vendidas com dioptrias de 0,50 em 0,50.

Exemplo 2: Temos uma outra receita de esf. +5,00 e queremos conhecer qual a dioptria para lentes de contato.

Obs.: A lente de contato terá que ter +5.32 diop. que arredondados serão +5,50, sabendo-se que as lentes de contato nesta faixa, são vendidas de 0,50 em 0,50  diop.

 

CONVERSÃO DA DISTÂNCIA VÉRTICE


PROCEDIMENTO PARA OS CASOS DE KERATOCONE

Muito embora o avanço da tecnologia tenha criado lentes especiais para correção do Keratocone com certos tipos de gelatinosas, vamos explicar a técnica usual com lentes rígidas.

Em primeiro lugar teremos que possuir um grupo de lentes rígidas para testes, sendo que as curvas de contato com a córnea deverão estar próximas de: 45,00 diop., 50,00, 50,50, 60,00. Todas estas deverão ter um diâmetro menor, cerca de 8,2 mm. As dioptrias não serão tão importante, mas como os casos de Keratocone muitas vezes são associados a miopias, as dioptrias poderão ser em torno de -3,00 a -5,00. Não são tão importantes porque certamente será feita uma sobrerrefração, após a colocação da lente de teste, para a escolha da dioptria final. Importante e que as dioptrias dos testes sejam corretas porque elas serão usadas em conjunto com a sobrerrefração.

Procedimento:

  • Fazer a keratometria no olho com Keratocone e verificar a curva mais próximas possiveis da curva corneana, já deformada;
  • Apenas para orientação verifique a acuidade visual, com os óculos precários e sem óculos;
  • Escolhe-se aleatoriamente uma lente com curva e dioptria aproximada a curva deformada pelo Keratocone e pelos antigos óculos (se houver);
  • Se o cliente já usa óculos precários com dioptrias negativas escolha a lente de teste com a dioptria mais próxima possível, não precisando ser exata.
  • Coloca-se a lente de teste observando se ela consegue se posicionar centrada no olho e nãomuito apertada;
  • Não se ocupe da dioptria nem da acuidade inicialmente. Cuide incialmente somente com a curva de contato com a córnea.
  • Faça o teste da fluoresceína com a lâmpada de Burton, e verifique qual a adaptação da lente em função da córnea;
  • Pode ocorrer da lente estar muito apertada ou muito folgada, mesmo considerando que a imagem fluorescópica  seja deformada, e será.
  • Corrija a curva da lente de contato, com outra curva, usando de bom-senso de modo que as manchas escuras da fluoresceína não fiquem demasiadamente fortes. Sombras pretas significam contato forte com a córnea. A fluoresceína tem que estar bem distribuída. O contato muito forte poderá causar desconforto e até mesmo lesão na córnea. Use seu talento para escolher a melhor curva de lente;
  • Escolhida a curva, usando soro  fisiológico a 0.9 %, pingue até que a fluoresceína remanescente seja retirada totalmente, enxugando o excesso com papel 'finess';
  • Escolhida a melhor curva, aí  sim se processa a sobrerrefração com a lente de teste adaptada e com a curva determinada. Proceda a sobre refração até que a melhor acuidade seja conseguida. Cuidado para não hiperrefratar a miopia.
  • Digamos que a L.C. escolhida teve uma dioptria de -3,00, mas a sobrerrefração feita acusou um acréscimos de lente da caixa de provas (lentes de cristal) com -2,00, quando se obteve a melhor acuidade visual possível.
  • A lente a ser pedida será de esf. -5,00 que é a combinação de -3,00 da lente de teste mais a de -2,00 da sobrerrefração.
  • Solicite ao fornecedor a lente esf. -5,00 no diâmetro escolhido, com a curva de contato selecionada e estará pronto a fazer a adaptação final.
  • Nos casos de keratocone, nem sempre se consegue 20/20, (100%) mas a lente escolhida terá a melhor acuidade visual possível;

Obs.: A sensação do cliente, que nunca enxergou bem, será qualquer coisa de gratificante para o técnico que fez a adaptação. A emoção do cliente costuma ser grande diante da melhora da visão, coisa que ele nunca conseguiu com lentes de óculos.

 

Caixa de provas para sobre refração

A caixa de provas com cerda de 250 lentes graduadas é utilizada pelo contatólogo para fazer a sobrerrefração a ajustar a dioptria da lente de contato, já adaptada, obtendo assim a mesma acuidade visual da receita. Neste caso nova dioptria será usada.

 

LEIS DA CONTATOLOGIA

O ensino de técnico em ótica foi revisto e ampliado pelo parecer n. º 404/83 do Ministério da Educação e Cultura.

Ministério da Educação e Cultura

Terça-feira, 6 set. 1.983

Diário Oficial

Gabinete do Ministro

Despachos da Ministra

Em 30 de agosto de 1.983

Nos termos e para os efeitos do artigo 14 do decreto-lei n. º 464, de 11 de fevereiro de 1.969, a ministra de Estado da Educação e Cultura Homologa o parecer do Conselho Federal de Educação.

Em 02 de setembro de 1.983

n. º 404/83 - favorável ao acréscimo da disciplina Contatologia na habilitação Ótica, a nível de 2º grau. (proc. 23001.000092/83-9).

Ministério da Educação e Cultura

Conselho Federal de Educação

Interessado/Mantenedora

Sindicato do Comércio Varejista de Material Óptico

Assunto: Inserção da disciplina Contatologia no Currículo da Habilitação de Técnico em Ótica, a nível de 2º grau.

Relator: Sr. Cons. Paulo Pereira de Souza.

Parecer n. º 404/83 Câmara ou Comissão CEGRAU.

Aprovado em 05/08/83

Processo n. º 343/83.

I - Relatório

O Sindicato do Comércio Varejista de Material Óptico, Fotográfico e Cinematográfico do Estado de São Paulo dirige-se a este Conselho para solicitar a inclusão da disciplina Contatologia no mínimo de formação especial da habilitação de Ótico, em nível de 2º grau. E justifica sua solicitação com as seguintes palavras:

 “O advento de novos materiais, mais leves e flexíveis, aliados à ausência de restrições de ordem estética para seu portador, tem aumentado o número de usuários portadores de deficiências visuais que preferem as lentes de contato aos óculos tradicionais. Contudo, a manipulação inadequada de prescrições médicas, devidas justamente à falta de uma formação profissional sistemática e adequada desenvolvidas em ambientes que favoreçam a aprendizagem, tem contribuído para que sejam aviadas receitas de forma incorreta o que aumenta o número de casos de inadaptação às lentes de contato ou, o que é mais grave, provoca em alguns casos, lesões relativamente graves nos olhos dos clientes. Preocupados com a formação consistente do Técnico em ótica também nesta nova área, acreditamos que somente com conhecimentos técnicos sólidos aliados à prática em laboratórios didáticos e a estágios supervisionados este profissional poderá atuar de forma a garantir a segurança e a tranqüilidade dos clientes que optam pelas lentes de contato. Assim, propomos a inclusão da matéria “Contatologia” ao Currículo mínimo da Habilitação Profissional de 2º grau “Técnico em Ótica” conforme segue.

Não é de estranhar que, no decurso de dez anos que é o prazo decorrente entre a publicação do currículo para a habilitação de ótica, e os dias atuais, se haja observado um grande progresso e algumas posições inovadoras nesse setor da tecnologia.

Principalmente no que diz respeito a lentes de contato.

Nada mais justo que os interessados maiores na matéria se mobilizem para solicitar o enriquecimento curricular dessa habilitação técnica em nível de 2º grau, com o acrescentamento da disciplina denominada Contatologia.

Para melhor esclarecimento dos interessados, juntamos, em anexo, a sugestão de conteúdo programático para a nova disciplina.

II - Voto do relator

À vista do exposto somos favorável ao acréscimo da disciplina Contatologia na habilitação de ótica, em nível de 2º grau.

III - A câmara de Ensino de 1º e 2º graus, acompanha o voto do relator.

Sala das Sessões, 03 de agosto de 1.983.

Aumenta o número de casos de inadaptação às lentes de contato ou, o que é mais grave, provoca em alguns casos, lesões relativamente graves nos olhos dos clientes. Preocupados com a formação consistente do Técnico em ótica também nesta nova área, acreditamos que somente com conhecimentos técnicos sólidos aliados à prática em laboratórios didáticos e a estágios supervisionados este profissional poderá atuar de forma a garantir a segurança e a tranqüilidade dos clientes que optam pelas lentes de contato. Assim, propomos a inclusão da matéria “Contatologia” ao Currículo mínimo da Habilitação Profissional de 2º grau “Técnico em Ótica” conforme segue.

Não é de estranhar que, no decurso de dez anos que é o prazo decorrente entre a publicação do currículo para a habilitação de ótica, e os dias atuais, se haja observado um grande progresso e algumas posições inovadoras nesse setor da tecnologia.

Principalmente no que diz respeito a lentes de contato.

Nada mais justo que os interessados maiores na matéria se mobilizem para solicitar o enriquecimento curricular dessa habilitação técnica em nível de 2º grau, com o acrescentamento da disciplina denominada Contatologia.

Para melhor esclarecimento dos interessados, juntamos, em anexo, a sugestão de conteúdo programático para a nova disciplina.

II - Voto do relator

À vista do exposto somos favorável ao acréscimo da disciplina Contatologia na habilitação de ótica, em nível de 2º grau.

III - A câmara de Ensino de 1º e 2º graus, acompanha o voto do relator.

Sala das Sessões, 03 de agosto de 1.983.

Conteúdo proposto para a matéria Contatologia

3.1 - Histórico - origem, evolução, categoria e tipos de lentes de contato.

3.2 - Identificação, manuseio e utilização de materiais, equipamentos e instrumentos para fabricação e adaptação de lentes de contato.

3.3 - Lentes rígidas

3.3.1 - Parâmetros de lentes rígidas

3.3.2 - Cálculos de superfície de lentes esféricas: diâmetro, espessuras, ságita e altas dioptrias.

3.3.3 - Cálculos de superfície de lentes tóricas ou cilíndricas (interna, externa e bitóricas).

3.3.4 - Fabricação; surfassagem, desbaste, polimento, projeção do raio e controle de bordo.

3.4 - Lentes hidrofílicas

3.4.1 - Parâmetros das lentes hidrofílicas

3.4.2 - Cálculos de superfície de lentes esféricas; diâmetro, espessura, ságita e altas dioptrias.

3.4.3 - Cálculos de superfície de lentes tóricas ou cilíndricas (interna, externa e bi-tórica)

3.4.4 - Fabricação; surfassagem, desbaste, polimento, projeção de raio e hidratação.

3.5 - Lentes de silicone

3.5.1 - Parâmetros das lentes de silicone

3.5.2 - Cálculos de superfície de lentes de silicone: diâmetro, espessura, ságita e altas dioptrias.

3.5.3 - Fabricação: polimerização por canalização

3.6 - Ótica do sistema lentes de contato

3.7 - Indicações e contra-indicações do uso de lentes de contato

3.8 Adaptação

3.8.1 - Adaptação de lentes rígidas: limpeza, conservação, utilização e orientação ao usuário.

3.8.2 - Adaptação de lentes hidrofílicas: limpeza e assepsia, conservação, utilização e orientação ao usuário.

3.8.3 - Adaptação de lentes de silicone: limpeza, conservação, utilização e orientação ao usuário.

3.9 - Lentes de contato para correção de presbiopia, afácia e astigmatismo residual.

3.10 - Lentes de contato não corretivas

3.10.1 - De finalidades terapêuticas

3.10.2 - Cosméticas e filtrantes

3.10.3 - Opacas

3.11- Problemas que a lente de contato pode provocar aos olhos: sintomatologia

Observação: Para a obtenção do diploma de Técnico em Ótica será exigido o estágio profissional supervisionado, inclusive no ramo da Contatologia, na forma da legislação vigente sobre o assunto.

02 - Parecer do relator do processo de contestação do conteúdo programático do currículo de Técnico Óptico junto ao Conselho Federal de Educação subscrita pelo político Deputado Ezio Ferreira (aqui representando a classe médica)

Relator: Dom Lourenço de Almeida Prado, médico, Superior da Ordem Beneditina do Rio de Janeiro, expressou em um dos tópicos de sua conclusão e voto, o seguinte:

“Mas nem mesmo a hipótese de superfluidade aplica-se, a nosso ver, ao caso. Ignorar não é um meio de impedir o risco. Em geral o ignorante é audacioso, assim parece-nos sumamente conveniente que se ofereçam aos técnicos de óptica conhecimento de Optometria e Contatologia, para que, graças ao conhecimento que obtido sobre o campo em que trabalham, saibam lucidamente cingir-se aos limites de sua competência”.

a) Faça isto com alguma rapidez para evitar que a lente de desidrate;

b) Similarmente as lentes rígidas, com o dedo maior abaixe a pálpebra inferior do cliente, mande olhar para cima e com o indicador (com a lente adaptada na ponta) coloque delicadamente no olho, fazendo com que a parte inferior da lente toque primeiramente e levemente no limbo inferior e em seguida, leve e sutilmente vá fazendo com que o restante da lente vá se adaptando suavemente na córnea. Não faça força. A lente deve aderir suavemente sem pressão. A pressão não é necessária, ao contrário que possa parecer ao iniciante.

c) Algumas tentativas poderão ser necessárias, dependendo do cliente.

d) Adaptada a lente, o cliente fecha os olhos e deve-se fazer uma leve e delicada massagem sobre a pálpebra para que a lente se aloje na córnea.

e) Com uma pequena lanterninha retangular ilumine a córnea e veja se a lente esta centrada. Sem prática é mais difícil de se localizar a posição da lente, porém iluminada torna-se mais fácil.

f) Mande o cliente olhar para cima, permanecendo com a cabeça em posição normal, mande o cliente piscar seguidamente e verifique se a lente gelatinosa faz movimento de cerca de 1 mm. Em caso afirmativo estará feita com correção a colocação da lente. 

 

 

ESFÉRICO EQUIVALENTE 

O esférico equivalente é um cálculo geralmente feito para a escolha de uma lente de contato gelatinosa esf. para correção de uma ametropia esf. combinada com astigmatimo, indicando o valor dióptrico da L.C. tornando-a uma esférica equivalente. Só pode ser aplicado com o valor cil. até a 4a parte do esf.

O cálculo é o seguinte:

Exemplo 1: RX esf. -2,00 cil. -0,50

1. Divide-se o valor cilíndrico. por 2

2. Combina-o com o esférico da RX

3. -0,50 divididos por 2 = - 0,25. -2,00 combinados com -0,25 nos darão a dioptria para lente gelatinosa. Que será:

Esf. -2,25 - que será a dioptria pedida para lente de contato.

 

Exemplo 2: RX. Esf. +3,00 cil. -1,00

1. Divide-se o valor cilíndrico por 2

2. Combina-o com o esférico da RX.

3. -1,00 divididos por 2 = -0,50; +3,00 combinados com -0,50 nos darão a dioptria para a lente gelatinosa que será:

Esf. +2,50 que será a dioptria para a lente de contato.

Obs. Em dioptrias altas a conversão da Distância vértice será feita sobre o esférico equivalente.

 

 

 

 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Subpáginas (1): Lentes Hidro Tóricas

 

 

CURSO DE CONTATOLOGIA APLICADA

Formatação: Escola Técnica OWP

Docente: Prof. Seir Marcus L. Borges

 

INDICE

INTRODUÇÃO................................................................................................................3

Cap. 1 INTERPRETAÇÃO PARA ADAPTAÇÃO DE LENTES DE CONTATO GELATINOSAS...............................................................................................................4

II - LENTES GELATINOSAS // REQUERIMENTOS DE ADAPTAÇAO....................... 6

III – CENTRALIZAÇÃO...................................................................................................7

IV - ALTERANDO A ADAPTAÇAO DA LENTE.............................................................9

IV. A - DIÂMETRO TOTAL...........................................................................................12

IV. B - RAIO DA ZONA ÓPTICA POSTERIOR (RZOP)...............................................15

IV. C - PVP DA LENTE DE PROVA ............................................................................18

IV. D - ESPESSURA CENTRAL...................................................................................19

IV E. EFEITOS DA DZOA NA ADAPTAÇÃO DA LENTE............................................22

IV. F - CONTEÚDO DE ÁGUA DO MATERIAL............................................................22

V - PRESCRIÇÃO EMPÍRICA......................................................................................25

VI - ADAPTAÇÃO DE LENTE DE PROVA..................................................................26

VII- COBERTURA CORNEAL......................................................................................29

VIII - O EFEITO DO PISCAR........................................................................................30

IX- MOVIMENTO DA LENTE........................................................................................31

X- LENTES TINGIDAS..................................................................................................34

XI - DECISÕES FINAIS.................................................................................................37

INTRODUÇÃO.

Desde os rudimentares fotorreceptores de certos organismos unicelulares ao complexo olho humano, a evolução percorreu um grande caminho para dotar os seres vivos de instrumentos eficazes para a percepção dos objetos e a experiência do espaço em grande parte aos órgãos da visão.

A visão é um processo fisiológico por meio do qual se distinguem as formas e as cores do objeto. Em linhas gerais o olho funciona como uma câmera fotográfica, que projeta uma imagem invertida do mundo exterior em sua porção interna posterior, onde existe um revestimento fotossensível a retina, que envia informações codificadas ao sistema nervoso central dando ao indivíduo a sensação da visão. Toda esta complexidade faz com que os homens busquem também uma visão perfeita, quando naturalmente, isto não é possível, seja através dos óculos ou das lentes de contato. Isto faz com que a cada dia, novas técnicas de uso e a melhor adaptação sejam estudadas. A óptica estuda esta forma, proporcionando ao homem uma melhor qualidade de vida.

  1. INTERPRETAÇÃO PARA ADAPTAÇÃO DE LENTES DE CONTATO GELATINOSAS

ADAPTACÃO DE LENTES DE CONTATO GELATINOSAS ESFÉRICAS

LENTES GELATINOSAS

Nomes alternativos (passado e presente):

  • Hidrofílicas

  • Hidrogel

  • Gel

  • Flexível

  • Limbal e semi escleral, limbal e paralimbal.

Lentes gelatinosas.

Descrições gerais:

  • Categoria de DT (diâmetro total):

ǾT= 13-15 mm

  • DT mais comuns:

ǾT= 13,5 -14,5 mm

Lentes gelatinosas diâmetro total da lente:

Os diâmetros totais, fora da categoria comum, são usados em indivíduos com pouca abertura nas pálpebras no diâmetro horizontal e vertical da íris(DHI DVI), o que é pouco comum.

FILOSOFIA DE ADAPTAÇÃO DE LENTES GELATINOSAS

FILOSOFIA GERAL DE ADAPTAÇÃO DE LENTES DE CONTATO GELATINOSAS

Para permitir que a lente LCH(lentes de contato hidrofílicas) contorne a córnea/esclera, ela deverá ser sempre maior do que a córnea com um RZOP mais plano. O movimento da lente, que é gerado pela ação das pálpebras durante o piscar, deverá ser aquele que não cruze o limbo na borda da lente.

QUANDO ADAPTAREMOS LENTES DE CONTATO GELATINOSAS ESFERICAS?

  • A lente de primeira eleição.

  • Erros refrativos esféricos (≤ 0,75 dpt cil).

  • Quando o conforto é o tema principal.

  • Erros refrativos extremos incluindo afácia.

  • Rx baixas (conforto com RGP não está compensado com o pequeno incremento em visão).

  • Astigmatismo corneal significativo, porém com um RX manifesta esférica.

QUANDO SÃO APLICADAS AS LENTES GELATINOSAS ESFÉRICAS?

  • As Lentes gelatinosas esféricas são a primeira opção, porque são fáceis de se adaptar, são confortáveis, requerem pouco tempo de adaptação e são econômicas.

  • Erros refrativos relativamente esféricos. (astigmatismo ≤ 0,75 dpt cil). As opiniões variam acerca de qual é o máximo erro astigmático não corrigido. Enquanto que 0,50 dpt é provavelmente a mais prudente eleição, a percepção de que as lentes de contato tóricas com cilindros baixos apreciam um baixo grau de sucesso, significa que os adaptadores tendem a errar no grande lado das 0,50 dpt. Poucos aceitam que 1,00 dpt de cilindro pode ser ignorado. A influência do eixo do cilindro no resultado visual é também importante. Geralmente, os astigmatismos não corrigidos com uma orientação horizontal, ou vertical ou proximal permitem um melhor resultado visual.

  • Quando a comodidade é o primeiro objetivo.

Ainda que, a comodidade seja sempre um objetivo, alguns usuários encontram uma barreira insuperável, inicialmente, com as lentes RGP para o sucesso de seu uso. Se persistir o uso da LC, mais adiante, as LC gelatinosas são a única alternativa viável.

  • Erros refrativos extremos incluídos a afácia. As LC rígidas em Rx extremas são difíceis de se adaptar, oferecem pobres condições fisiológicas à córnea que cobrem, e são difíceis de se manterem centradas.

  • Rx baixas onde a comodidade dos RGP, não está compensada com a pequena melhoria em visão.

A presença de astigmatismos corneais significativos, mas que na Rx manifesta são esféricos. Em tais córneas, o uso de um RGP com um RZOP esférico induzirá astigmatismo residual.

Neste caso a correção com um RGP se converte mais complicada do que com uma simples lente gelatinosa esférica.

II - LENTES GELATINOSAS // REQUERIMENTOS DE ADAPTAÇAO

As Lentes gelatinosas devem:

  • Centrar no olho.

  • Contormar o segmento anterior do olho.

  • Mover-se adequadamente.

  • Cobrir a córnea em todas as posições do olho.

LENTES GELATINOSAS // REQUERIMENTOS DE RENDIMENTO

As Lentes gelatinosas devem:

  • Produzir boa e estável visão.

  • Prover mínimos distúrbios fisiológicos.

  • Ser levadas por períodos práticos.

  • Ser confortável.

III – CENTRALIZAÇÃO:

*UMA LENTE GELATINOSA BEM CENTRADA.

Descreve-se uma LC gelatinosa bem centrada, a parte da lente que passa sobre o limbo é normal para este tipo de lente, e ainda com o movimento desejado da lente no olho (uma boa adaptação), a cobertura corneal é mantida em todas as posições do mesmo.

DESCRIÇÃO DO CENTRADO DE LENTES.

Vários métodos para descrever a posição de uma lente foram desenvolvidos através do tempo, mas os dois com maior aceitação estão baseados nas coordenadas cartesianas, como as usadas na matemática aplicada ou uma variação binasal desta. Ambas estão presentes aqui, porque seu uso depende dos costumes locais. A dificuldade de ambos os sistemas está na inconsistência das coordenadas horizontais, i.e. +x, para o olho direito é uma descentralização nasal, enquanto +x, para o olho esquerdo é uma descentralização temporal, as coordenadas verticais não apresentam dificuldades.

EXEMPLOS DE CENTRADO: SISTEMA CARTESIANO.

A localização do centro geométrico das lentes de contato, dentro de um sistema de coordenadas cartesianas é a base da descrição de sua centralização. A vantagem primária, deste sistema, é seu proliferado uso em matemáticas e óptica. Estes paradigmas mostram exemplos simples e compostos de lentes gelatinosas descentradas. O mesmo sistema pode também ser aplicado em LC rígidas.

DESCRIÇÃO DE CENTRALIZAÇÃO DE LENTES: SISTEMA BINASAL.

Neste sistema a centralização nasal é descrita como positiva (+ve) sem considerar a qual dos olhos se está referindo. As coordenadas "y" estão marcadas iguais como no sistema Cartesiano, i.e. "acima +ve" e "embaixo -ve".

EXEMPLOS DE CENTRALIZAÇÃO: SISTEMA BINASAL.

A localização do centro geométrico de uma lente de contato dentro do sistema de coordenadas binasal é a base para a descrição de sua centralização. Neste sistema a descentralização nasal é sempre positiva (+ve). Um fator a favor do sistema binasal é a simplicidade do registro de dados e.g. + é sempre uma descentralização nasal, não é necessário fazer referência a qual olho está envolvido. Este diagrama mostra exemplos simples e compostos de LC gelatinosa descentrada. O mesmo sistema pode também ser aplicado ao LC rígidas.

DESCRIÇAO DE CENTRALIZAÇAO DE LENTES: LITERAL

As descrições precedentes de centralização são essencialmente numéricas. O terceiro é provavelmente o mais comum e ambíguo método de descrever a descentralização temporal OD, descentrada temporalmente 0,5 mm ou descentralização temporal de 0,5 mm OD.

LC gelatinosa descentrada.

Uma lente, que esta demasiadamente frouxa, geralmente se moverá excessivamente e não se centrará bem. Este é um exemplo de uma adaptação muito frouxa que não somente se descentra significativamente no olhar para baixo, senão que, além disso, não cubra completamente a córnea. É provável que a posição do olhar para cima, a lente se deslize quase completamente fora da córnea. Esta lente é certamente incômoda e a visão estará afetada porque parte da periferia da lente cobrirá a zona da pupila (pupila de entrada).

IV - ALTERANDO A ADAPTAÇAO DA LENTE

DESCRIÇÕES DE ADAPTAÇAO

  • Boa, ótima, ideal.

  • Fechada, ajustada, limite.

  • Plana, frouxa, móvel.

  • Centrada, descentrada.

  • Move pouco (cavalga baixo), move alto (cavalga alto).

  • Superior, inferior, nasal, temporal e combinações das indicadas.

Assim como os sinônimos que aparecem na diapositiva, variações e palavras similares podem ser usadas quando se preferir e.g. fechar, ajustar, aplanar, afrouxar, etc.

Vários destes termos tendem a ser usados alternadamente. A descrição fechada/plana se deve mais a seu uso na adaptação de lentes de contato rígidas. Uma complicação é o caso do RZOP das lentes gelatinosas que usualmente é adaptada mais plana do que a córnea que conseguir uma adaptação normal.

O QUE EXIGE A ADAPTAÇÃO DE UMA LENTE?

  • A relação entre as alturas sagitais da lente e o segmento anterior (lente >olho).

  • A topografia do segmento anterior (córnea).

  • O piscar que induz pressão negativa debaixo da lente.

  • As propriedades físicas da lente.

  • Propriedades físicas do material.

  • Rx.

  • Espessura.

  • Desenho da lente.

  • Características das pálpebras, interação pálpebra/lente.

COMO É ALTERADA A ADAPTAÇAO DA LENTE?

Pela alteração de um ou mais fatores que governam a adaptação, porém os mais constantes são:

  • Topografia do segmento anterior.

  • Rx.

  • Características das pálpebras.

EFEITOS DA ALTURA SAGITAL.

ALTURA SAGITAL // DIÂMETRO TOTAL:

Para alterar a relação de adaptação de uma lente entre a altura sagital da lente e o segmento anterior do olho, está deve ser mudada.

Em muitos casos, uma adaptação de sucesso requer que a altura sagital interna da lente seja maior que a do segmento anterior do olho (Snyder, 1984). Portanto, para ajustar a adaptação à altura da lente deve ser a maior que a do segmento anterior do olho. Contrariamente, para afrouxar a adaptação a altura deve ser menor que a normal, ainda quando a altura sagital seja maior que a do segmento anterior do olho.

A altura sagital do segmento anterior do olho é administrada pela:

  • Curvatura central da córnea.

  • Grau de asfericidade corneal.

  • Diâmetro corneal.

  • Curvatura da esclera/conjuntiva paralimbal (Young, 1993).

A asfericidade corneal influi na altura sagital do segmento anterior do olho, mais que a variação da curvatura corneal, porém é o diâmetro corneal o que tem a maior influência (Young, 1993).

A importância da asfericidade e diâmetro corneal na altura sagital do segmento anterior do olho, é, portanto a adaptação da lente.

A ceratometria por si mesma é um pobre indicador das LC gelatinosas requeridas para uma boa adaptação. Ainda mesmo com a ausência de outra informação é um guia útil para a seleção inicial da lente de prova. A seleção final está baseada então, nos resultados da adaptação das provas.

A altura sagital de uma lente pode ser alterada mudando o RZOP, o diâmetro total ou ambos.

EFEITOS DO DESENHO DAS LENTES.

Assumindo que todos os outros fatores são idênticos, lentes que têm a mesma altura sagital e diâmetro total, não necessariamente exibirão um comportamento similar se os desenhos da superfície posterior são diferentes. Este fator faz com que seje difícil basear as expectativas do comportamento de uma lente, nas características da adaptação frente a uma lente de outra marca ou série. Diferentes materiais, Rx, espessuras, etc... Compõem o potencial de diferente desenvolvimento entre lentes.

O desenho da face posterior em partículas é determinante no comportamento da lente no olho. Os fatores a serem considerados incluem como base, a forma (esférico ou asférico), o número de curvas periféricas (se é o caso) e o raio e amplitude das mesmas.

ADAPTAÇÃO DE LC GELATINOSA: SELEÇÃO DE PARÂMETROS

  • Diâmetro total, ǾT.

  • RZOP RO.

  • Espessura central, tc.

  • Diâmetro da zona óptica.

  • Conteúdo de água.

  • Seleção do material.

  • Método de fabricação.

IV. A - DIÂMETRO TOTAL

ADAPTAÇÃO DE LC GELATINOSAS: SELEÇÃO DO DIÂMETRO TOTAL

  • Medir o DHIV.

  • Adicione 2 mm ao DHIV e selecione o set de lentes de prova com o diâmetro mais próximo.

  • Siga as recomendações do fabricante e selecione o diâmetro sugerido.

ADAPTACÃO DE LC GELATINOSAS: SELEÇÃO DO DIÂMETRO TOTAL (DT).

  • Diâmetros grandes são freqüentemente requeridos com Rx altas

para melhorar a adaptação da lente e a centralização.

  • Adicione 0,5 mm ao diâmetro da lente de prova para as lentes de alto conteúdo de água (>60%).

  • Deve-se ter em conta que a lente encolhe no olho devido à perda de água.

  • O perfil da lente mais grossa (baixo índice) resulta na maior interação lente/pálpebra.

  • Ajuda a estabilidade da adaptação e a centralização.

MEDIÇÃO DA DHIV.

  • Régua de DP.

  • Ceratômetro Wessely.

  • Retículo na ocular da lâmpada de fenda.

  • Imagem fotográfica ou de vídeo.

  • Escala comparadora (de semicírculos a escala).

MEDIDA DEL DHIV.

Uma régua standard para medir a distância interpupilar é um útil recurso para medir o DHIV. Deve-se ter cuidado de não introduzir erro de paralelismo na medição.

CERATÔMETRO WESSELY.

Este é um recurso simples que consiste em um alente entre +5 e + 10 montado em um tubo. Este está baseado no princípio telecêntrico. A parada telecêntrica está no extremo do tubo até o profissional, no segundo foco principal da lente (f'). No extremo do tubo até o paciente encontra-se uma escala graduada, no primeiro foco principal da lente (f). O DHIV é lido diretamente da escala.

Retículo na ocular da lâmpada de fenda.

O retículo graduado é um acessório disponível para muitas lâmpadas de fenda. Os retículos das oculares estão usualmente calibrados para uma única magnificação (usualmente 10x). Outras magnificações podem ser usadas, mas a medida nessas condições deve ser então calculada. Freqüentemente, a escala inclui uma noção transportadora. Um desenho usa uma bifurcação metálica de movimento livre baixo a influência da gravidade, para indicar o ângulo através do qual foi girada a escala para alinhar com uma característica, observada e.g. as marcas de referência das lentes de contato rígidas.

Escala comparadora (de semicírculos).

Este tipo de escala comparadora foi incorporado nos desenhos de algumas regras para DP. Usualmente, a categoria de diâmetros característicos cobre as pupilas pequenas a LC gelatinosas grandes em passos de 0,5 mm.

Imagem fotográfica ou de vídeo.

Imagens em negativos fotográficos, impressão ou diapositivas (para slide) podem ser medidas, se o sistema da câmara está pré-calibrado ou a calibração de dados está incluída na imagem. De igual maneira, as imagens de vídeo monitor podem brindar dados quantitativos. Mesmo assim, se a imagem é produzida por uma câmara diferente ou uma tela diferente, a calibração deve levar em conta a probabilidade de variações regionais em magnificação. Na combinação de câmara e tela digital é improvável que se apresentem estes problemas. Estes sistemas são primariamente usados para investigação.

ALTERANDO A ADAPTAÇÃO DE LENTES DE CONTATO GELATINOSAS:

MUDANDO O DIÂMETRO TOTAL

Um incremento no diâmetro da lente ajustará a adaptação, se todos os outros fatores permanecerem inalterados. Isto é, porque a altura sagital se incrementa. Uma diminuição no diâmetro afrouxará a adaptação.

Para reter a mesma adaptação, se o diâmetro é incrementado, o RZOP deve também ser incrementado para compensar o efeito que a mudança de diâmetro tem na relação da altura sagital com o diâmetro total da lente. Manter a adaptação da lente, requer uma relação aproximadamente constante de altura sagital com diâmetro total. (Gasson, Morris, 1992).

REGRA PRÁTICA (LC gelatinosa):

Incremento do diâmetro em 0,5 mm= incremento de RZOP de 0,3mm.

Se o diâmetro da lente é incrementado em 0,5 mm, então o RZOP deverá incrementar-se em 0,3 mm para reter as mesmas características de adaptação.

Exemplo:

RZOP = 8,6 mm, DT= 13,5 mm.

DT desejado= 14,0 mm

Lente final:

RZOP= 8, 9, DT= 14,0 mm

Mudando o DT de 13,5 mm a 14,0 mm a adaptação da lente se ajustará por incremento da altura sagital. Isto necessita um aplanamento de RZOP de 8,6 mm a 8,9 mm, para manter (aproximadamente) a relação original altura sagital com diâmetro total e, portanto a adaptação da lente.

As lentes de série, que se fornecem em passos de RZOP de 0,2 mm, podem requerer uma regra prática diferente, já que os passos nos RZOP usualmente, indicam uma mudança clínica significativa.

Estas regras práticas não se aplicam às lentes asféricas, com essas lentes, as alterações de DT são pouco significativas. Para ajustar ou afrouxar uma adaptação, se requer uma apropriada alteração de curvatura da superfície posterior.

IV. B - RAIO DA ZONA ÓPTICA POSTERIOR (RZOP)

ADAPTAÇAO DE LC GELATINOSAS: SELEÇÃO DO RZOP

Medir K (mm) logo adicione a qualquer:

  • 0,3 - 0,9 mm ao K mais plano.

  • 1 mm ao K promédio.

  • 4 dpt mais plano que o K promédio.

Selecione o RZOP mais próximo ao Ǿt da lente de prova.

  • Meça K

  • Selecione a lente de prova da guia de adaptação do fabricante, para o Ǿt da lente.

  • Adicione 0,7 mm ou mais ao K mais plano, para os materiais menos flexíveis (mais grossos e baixo conteúdo de água).

  • Adicione 0,3 - 0,6 mm para materiais standard e flexíveis (mais finas, alto conteúdo de água).

O CERATÔMETRO

Muitos profissionais usam as leituras K como um guia para a seleção do RZOP, uma limitação é o fato de que o instrumento mede aproximadamente somente 3mm da córnea, simetricamente ao redor do eixo visual e não é oferecida informação significativa da topografia corneal periférica. Além de medir a curvatura corneal, os ceratômetros podem também ser usados para avaliar qualitativamente o filme lacrimal e/ou as propriedades da pré-lente lacrimal.

CÁLCULOS DA RZOP

K mais plana= 7,80 mm

K mais curva= 7,70mm

 

 

Lente de contato

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
(Redirecionado de Lentes de contato)
 
Um par de lentes de contato, posicionadas com o lado côncavo para cima.

Uma lente de contato (português brasileiro) ou contacto (português europeu) é umalente oftálmica corretivacosméticacorretivo-cosmética ou terapêutica utilizada sobre a córnea do olho. As lentes de contato modernas foram inventadas pelo químico tcheco Otto Wichterle, que também inventou o primeiro gel usado para a produção das lentes.

As lentes de contato geralmente servem para a mesma proposta corretiva que osóculos convencionais, porém elas são mais leves e virtualmente invisíveis. Fora que as lentes de contato corrigem a miopia com 5% a mais de eficácia comparada aos óculos convencionais.Muitas lentes comerciais são tingidas com um azul fraco para torná-las mais visíveis quando estiverem imersas em soluções de conservação ou limpeza. As lentes cosméticas e as corretivo-cosméticas são coloridas propositalmente de modo que alteram a aparência do olho.

Estima-se que cerca de 125 milhões de pessoas no mundo usem lentes de contato (2% da população mundial),1 incluindo 28 a 38 milhões nos Estados Unidos1 2 e 13 milhões no Japão.3 Os tipos de lentes usadas e prescritas variam consideravelmente entre os países, com as lentes de contato rígidas representando cerca de 20% das lentes prescritas noJapãoHolanda e Alemanha, porém representando menos de 5% das prescritas na Escandinávia.1

As pessoas escolhem usar lentes de contato por diversas razões.4 Muitos consideram que sua aparência fica mais atraente com o uso de lentes de contato, em comparação com os óculos. As lentes de contato são menos afetadas pelo clima úmido, não embaçam e proporcionam um campo de visão mais amplo. Elas são mais adequadas para diversas atividades esportivas.5 Adicionalmente, condições oftalmológicas como a ceratocone e aniseiconia podem não ser precisamente corrigidas com o uso de óculos.

 

 

 

História[editar | editar código-fonte]

Em 1887, Adolf Fick foi aparentemente a primeira pessoa a utilizar com sucesso lentes de contacto, que eram feitas de vidro marrom.

A ideia de aplicar lentes corretivas diretamente na superfície do olho foi proposta pela primeira vez em 1508 por Leonardo da Vinci, e ideias similares surgiram deRené Descartes em 1636, mas foi somente em 1887 que o fisiologista alemão Adolf Eugen Fick construiu as primeiras lentes de contato.

Tipos[editar | editar código-fonte]

As lentes de contato são classificadas em diferentes maneiras.

Por função[editar | editar código-fonte]

Lentes de contato corretivas[editar | editar código-fonte]

Servem para corrigir erros de refração, como por exemplo, miopia.

Lentes de contato cosméticas[editar | editar código-fonte]

Servem para colorir a superfície dos olhos, também podem dar formas diversas à pupila.

Lentes de contato corretivo-cosméticas[editar | editar código-fonte]

Têm ao mesmo tempo as funções corretiva e cosmética.

Lentes de contato terapêuticas[editar | editar código-fonte]

Servem para tratar distúrbios não-refrativos do olho. Costuma ser usado após cirurgias corretivas, como LASIKPRK ePTK.

Por material[editar | editar código-fonte]

Existem diversos tipos de lentes de contato, entre elas estão as rígidas e as gelatinosas. As lentes rígidas podem ser acrílicas (não permeáveis ao oxigênio), as gás permeáveis e híbridas. As lentes gás permeáveis são feitas de combinações de polímeros de polimetilmetacrilato com polímeros de silicone e fluor. As lentes híbridas podem ser de dois tipos, de centro rígido e uma zona periférica gelatinosa e também toda a lente rígida mas envolta em uma película gelatinosa em volta de toda a lente. As lentes de contato gelatinosas são recomendadas para quem está se adaptando, pois são mais confortáveis e baratas.

Lentes rígidas esclerais e semi-esclerais são lentes de tamanhos maiores que as lentes corneanas. As lentes de contato rígidas gás permeáveis semi-esclerais e esclerais são utilizadas para fins de correção óptica ou terapêutica e possuem diâmetros maiores e são adaptadas na esclera (porção branca do olho), são geralmente muito confortáveis embora de maior complexidade geométrica. No Brasil somente existe um tipo sendo fabricada atualmente que é a Semi-Scleral Bastos (SSB). Estas lentes tem indicação terapêutica em casos de síndrome de olho seco severo, Síndrome de Stevens-Johnson,Síndrome de Sjögren, entre outras neuropatias da córnea. Outra indicação destas lentes são córneas com grande astigmatismo irregular que requerem correção óptica quando as demais lentes rígidas, gelatinosas ou híbridas não possibilitam uma boa adaptação.

Por tempo de uso[editar | editar código-fonte]

Uma lente de contato de uso diário, cerca de 10 horas por dia,é projetada para ser removida antes do usuário dormir. Uma lente de contato de uso estendido é projetada para o uso continuo durante a noite, tipicamente durante 6 ou mais noites consecutivas. Novos materiais, como o hidrogel de silicone, permitem até mesmo períodos de uso maiores, até 30 noites consecutivas, sendo estas lentes conhecidas como de uso contínuo. Geralmente, as lentes de uso estendido são descartadas após o tempo de duração especificado. Estas lentes estão ficando cada vez mais populares, devido à sua conveniência. As lentes de contato de uso estendido e uso contínuo podem ser usadas por períodos tão longos pois elas possuem uma alta permeabilidade ao oxigênio (tipicamente 5-6 vezes maiores que as lentes soft tradicionais), o que as permitem ficar no olho sem causar problemas de saúde.

Os usuários de lentes de contato de uso estendido podem ter um risco aumentado de infecções e úlcera de córnea, principalmente devido ao cuidado precário, má limpeza, instabilidade do filme lacrimal e estagnação de bactérias. Aneovascularização da córnea tem historicamente sido uma complicação comum das lentes de uso estendido, embora isso não aparente ser um problema com as lentes de silicone hidrogel de uso estendido. A complicação mais comum das lentes de uso estendido é a conjutivite, geralmente alérgica ou conjuntivite papilar gigante, às vezes associada com a má acomodação das lentes de contato.

É sempre recomendado conversar com seu oftalmologista, para que ele determine se pode ou não usar as lentes de contato por longos períodos. Mesmo que possa usar, você é obrigado a lavar as lentes de contato periodicamente, ou causará sérios problemas aos olhos.

Por desenho[editar | editar código-fonte]

As lentes rígidas podem ter desenhos esféricos,asféricos e tóricos ( Astigmatismo ), sendo que as lentes rígidas asféricas proporcionam um melhor alinhamento da lente junto a córnea, proporcionando maior conforto, estabilidade e saúde ocular. As lentes rígidas são também utilizadas para patologias como ceratocone e para adaptações de lentes de contato pós transplante de córnea e pós cirurgia refrativa, quando os resultados destas cirurgias não são os esperados.

Segundo alguns especialistas, as lentes rígidas gás permeáveis são as únicas que podem ser indicadas sempre que houver indicação de lentes de contato, por serem as que melhor oferecem o oxigênio e a devida lubrificação da córnea, principalmente se forem de desenhos asféricos[carece de fontes].

Marcas de lentes de contato[editar | editar código-fonte]

As lentes de contato mais comuns do Brasil são das marcas: AcuvueAlconBausch & LombCiba VisionClic,CoopervisionIkeepsJohnson & JohnsonLens AlertLook VisionOptolentesSolóticaUltralentes.

Principais complicações[editar | editar código-fonte]

Pálpebra:

Conjuntiva:

Córnea:

 

Referências

  1. ↑ Ir para:a b c Barr, J. "2004 Annual Report"Contact Lens Spectrum. January, 2005.
  2. Ir para cima Dixie Farley. "Keeping an Eye on Contact Lenses: Safety, Options Shape Contact Lens Decisions." U.S. Food and Drug Administration: FDA Consumer. March-April 1998; revised August 1998.
  3. Ir para cima National Consumer Affairs Center of Japan. NCAC News Vol. 12, No. 4NCAC News. March, 2001.
  4. Ir para cima Sokol JL, Mier MG, Bloom S, Asbell PA. "A study of patient compliance in a contact lens-wearing population." CLAO J. 1990 Jul-Sep;16(3):209-13. PMID 2379308
  5. Ir para cima Athletes and Contact Lenses
  6. Ir para cima Contact lens wearers warned about eye fungus. Página visitada em 2006-08-07.

Ligações externas[editar | editar código-fonte]

 

 

 

1)Inocidade como são classificadas as lentes de Hema de acordo com o seu tero de hidratação?

>>Teor de água hidratada (baixa) >>38 a 42% alta>> 45-60% de água>>este de uso diário  e uso prolongado

2)como são classificadas as lentes hidrófilicas de acordo com sua fabricação?

>>Moldadas, torneadas ou centrifugadas

3)Como são clasificadas as lentes de acordo com sua inociadade?

Material iônico e não iônico

4)Monovisão ou Básula é?

>>Olho dominante para longe olho dominado para perto

5) O que é material iônico?

Material que tem atraido das proteínas das lágrimas

6)Cálcule o DV dois graus abaixo:

a)-7,00      b)-10,00       c)+5,00       d)+8,00     e)-4,00      f)-16,00      g)-6,50      h) +7,50

Lentes Hidro Tóricas


Como entender e adaptar lentes ‘hidro tóricas’ (gelatinosas)

Em primeiro lugar vamos esclarecer o que são lentes ‘hidrotóricas’: São lentes gelatinosas com dioptrias cilíndricas ou esf. cil. e respectivos eixos definidos. Elas  destinam-se a correção dos astigmatismos combinados com miopia ou hipermetropia. São, portanto diferentes das esféricas descartáveis, analisadas em tópicos anteriores. Elas possuem dois meridianos com dioptrias diferentes. Estas lentes corrigem tanto as dioptrias esféricas como as cilíndricas. As lentes, além das dioptrias esf. e cil., tem uma marca do eixo horizontal. Este eixo é observado por duas pequenas linhas gravadas e localizadas na periferia horizontal das lentes, sem que afetem a acuidade visual normal. 

Esta posição dos eixos nem sempre ocorre na mesma posição da receita e existe uma pequena variação naquelas posições, ou seja, em torno de 10º. As lentes sofrem uma ‘torção’ do eixo original, nem sempre com os mesmo 10º mencionados antes e diferem da prescrição.

Este procedimento vem sofrendo modificações à medida que os fabricantes vão melhorando a sua tecnologia e as tecnologias variam de fabricante para fabricante.

 

Sabe-se que a quantidade de torções que as lentes sofrem, ao serem adaptadas na córnea, varia desde 10º até 90º. Uma receita com eixo a 10º sofre uma torção maior que uma outra de 90º. Para cada combinação de dioptria esf. e cil., teoricamente, deveriam existir em estoque 18 tipos para cada uma destas e para cada eixo de acordo com as das combinações e torções. A adaptação de lentes hidro tóricas é a mais complexa do todos os tipos. Isto faz com que o processo seja quase que integralmente entregue aos fabricantes. Isto não ‘emburrece’ os técnicos contatólogos, mas é uma contingência inevitável do processo. Mesmo porque isto obriga os fabricantes a estocarem inúmeras combinações de dioptrias, o que onera muito o custo destas lentes o que torna inviável a estocagem nas lojas, ao contrário das esféricas simples.

Exemplo de lente esf. -4,00 cil.-5,00 x180º

Vejamos um exemplo de RX esf. -4,00 cil. -5,00 x 180º. Esta receita destina-se a lentes de óculos. Muito embora a atribuição da escolha das dioptrias esteja a cargo dos fabricantes, vamos esclarecer como o fator ‘distância vértice’ deve ser considerado nestes casos. Em primeiro lugar devemos conhecer os valores dos meridianos principais para este caso:

Então temos -4,00 no meridiano horizontal e -9,00 no vertical que é a disposição dióptrica destas lentes nesta receita.

Fórmula para conversão das dioptrias de óculos para as de lentes de contato, considerando-se que a Dv usada nos exames seja de 12mm.:

ObservaçãoTanto os Oftalmologistas como os Optometristas usam, em média, uma Dv de 12 mm.

Calculando-se para o meridiano -9,00:

Observação: A lente de contato deverá ter -8,12 no meridiano dos óculos -9,00 diop.

Calculando-se para o meridiano -4,00 diop:

Observação:. A lente de contato deverá ter -3,81 diop. no meridiano dos óculos -4,00 diop.

Então os valores dos meridianos principais para lentes de contato são:

As dioptrias para lentes de contato são: esf. -3,81 cil. -4,31 x 180º, evidentemente arredondadas para as dioptrias convencionais, ou seja: esf. -3,75 cil. -4,25 x 180º. Vejam que este cálculo é um pouco mais complexo, mas é explicado para melhor entendimento. Caso se peça ao fabricante esf; -4,00 cil. -5,00 ele fornecerá esf. -375 cil.-4,25 x180º com a respectiva torção já compensada. Porém os números das etiquetas serão esf. -4,00 cil. -5,00 x 180º. Espero que entendam. 

Não é possível estocar lentes hidro tóricas

Nas lentes hidro tóricas é inconcebível que os revendedores das ópticas tenham um estoque compatível, digamos que até totalmente inviável. Sendo assim, o consultor da óptica deverá proceder da seguinte maneira para venda e pedido destas lentes, assim como segue:

  1. A adaptação das hidro tóricas é recomendada para receitas com cil. médios ou altos, ou seja, aqueles em que a adaptação de esféricas simples não satisfaça as exigências visuais dos clientes.
  2. Faça a keratometria indicando a curva K, curva cruzada e o respectivo eixo corneano tanto de OD. como de OE. Anote todos no pedido.
  3. Anote no pedido ao fabricante, o esférico, o cilíndrico e o eixo da receita em A.O.
  4. Informe também o diâmetro da córnea e a abertura palpebral.
  5. O fabricante fará todas as compensações para que a lente exija. de acordo com as compensações necessárias para a correção visual e dos eixos cil.
  6. Ao receber as lentes, instrua o cliente para a necessidade de a lente manter a posição do eixo, sem o que a acuidade visual será prejudicada, Isto poderá ocorrer por momentos, até que a lente tome a posição estável e normal do eixo.
  7. Ao colocar a lente na córnea observe a posição horizontal das duas pequenas linhas localizadas na periferia da lente.
  8. Importante é que o cliente seja cientificado destas circunstâncias, ou seja, qualquer torção havida na posição da lente haverá uma ligeira desfocalização momentânea que logo, após o reposicionamento espontâneo da lente voltará a ter a visão retomada.
  9. Recomende a volta do cliente para verificação dos resultados.
  10. As outras recomendações sobre o uso e conservação da lente são as mesmas das descartáveis inseridas em outro tópico já divulgado. 

 

7)calcule equivalente esférica

-3,00-100*180

+-200-0,50*180